PERSPECTIVA DO MERCADO


Divulgação dos dados de inflação (IPCA) e de atividade (vendas no varejo) são destaques na agenda econômica brasileira; no exterior, a semana promete tranquilidade.

O ambiente internacional continuará adverso para os investidores

Após sucessivos recordes de alta, as principais bolsas internacionais ingressaram em um processo de correção na semana passada, o que gerou especulações sobre eventual “estouro da bolha” no mercado de ações de tecnologia.

 Com sinais crescentes de retomada da economia global pós-choque da pandemia do novo coronavírus, além de elevada liquidez e manutenção de juros baixos por um longo período, parece provável a ocorrência de uma saudável realização de lucros, e não de uma ruptura neste momento.

No Brasil, os investidores estarão atentos, ainda, ao ambiente doméstico, em virtude das discussões sobre as reformas econômicas e sobre a sustentação do teto dos gastos públicos em 2021, acirrando temores quanto ao risco fiscal. 

A agenda econômica também estará no radar, com a divulgação de indicadores que devem confirmar a recuperação econômica após o tombo do segundo trimestre, em meio à inflação, que começa a captar a forte alta observada no atacado nos meses recentes.

Como um dos destaques da semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga na quarta-feira o IPCA com dados sobre a inflação oficial de agosto, que deverá mostrar alta de 0,17% no mês, acumulando inflação de 2,37% em doze meses. 

O desempenho do índice em agosto refletirá, principalmente, o arrefecimento dos preços administrados, como energia elétrica e gasolina. 

Alimentação e preços industriais seguem em alta, mas contrabalançados pelo recuo dos preços dos serviços, em virtude da queda das mensalidades escolares.

Serão divulgados também os resultados das vendas nacionais do comércio varejista referentes ao mês de julho. 

As projeções de SulAmérica Investimentos, baseadas nos indicadores coincidentes das atividades do setor no período, apontam recuo de 2,9% no volume de vendas na comparação mensal, resultando em queda de 2,8% em relação a julho de 2019.

 Se confirmadas essas estimativas, as vendas do comércio restrito acumulariam perda de 0,5% nos volumes vendidos nos últimos doze meses terminados em julho. 

No conceito ampliado, que acrescenta as vendas de automóveis e materiais de construção, o volume vendido cresceria 3,7% em bases mensais, equivalendo a -0,3% na métrica anual.

No âmbito internacional, a agenda é pouco movimentada. 

As atenções estarão voltadas para o desempenho das principais bolsas de ações, principalmente a Nasdaq de Nova York. 

O foco é dirimir a dúvida sobre se as bolsas deverão se estabilizar ou se o processo de ajuste continuará. 

Diante dos fortes ganhos dos últimos meses, provavelmente ainda há espaço para realização de lucros por mais algum tempo. 



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