Suspender emendas do relator ameaça contratos sobre
dados da Previdência, diz INSS.
Instituto afirma
que não há risco para pagamentos ou atendimentos, mas diz que bloqueio das
verbas agrava dificuldade de honrar contratos.
A suspensão da
execução de verbas ligadas às emendas do relator não atinge apenas as
negociações do governo Jair Bolsonaro (sem partido) com o Congresso.
Em ofícios enviados
ao Ministério da Economia, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) apontou
que pode deixar de cumprir com contratos de ações estratégicas, como da
Dataprev, empresa pública que mantém toda a base de dados da Previdência.
Esse impacto ocorre
porque R$ 350 milhões em verbas de emendas do relator foram incorporadas ao
orçamento do instituto para cobrir despesas discricionárias, como contratação
de serviços.
Em outros
ministérios, os recursos são aplicados principalmente em convênios e obras.
A execução dessas
emendas, chamadas de RP9, está suspensa desde o dia 5 por decisão do STF (Supremo
Tribunal Federal).
Relatora de ação
sobre o caso, a ministra Rosa Weber defende que não há transparência nos
repasses destas verbas, o que violaria princípios constitucionais da
"legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência".
A decisão de Rosa foi seguida por 7 dos 10 atuais ministros da
corte. Apenas 2 votaram contra.
AGORA