Inadimplência avança e atinge recorde de 30,3% da
população em outubro, diz pesquisa.
É o maior patamar
da série histórica da CNC, iniciada em janeiro de 2010, e o maior avanço anual
desde 2016.
Pressionados pelos juros altos e por uma inflação que,
apesar da trégua recente, ainda segue em níveis elevados, o número de brasileiros
com dívidas em atraso vem aumentando ao longo dos últimos meses.
Em outubro, o
percentual de brasileiros com dívidas atrasadas avançou 4,7 pontos
percentuais no período de 12 meses e alcançou o recorde de 30,3%, contra 25,6%
em outubro de 2021.
Os dados são da
Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), que será
divulgada nesta segunda-feira (7) pela CNC (Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo), e representam o maior patamar de inadimplentes desde o início da série
histórica, em janeiro de 2010.
A proporção de
famílias brasileiras com contas atrasadas cresceu de 30% para 30,3%, quarta
alta mensal seguida. Em um ano, foi o maior o avanço na inadimplência desde
março de 2016.
"Nunca
tínhamos tido uma proporção tão alta de famílias com dívidas atrasadas",
afirma Izis Ferreira, economista da CNC responsável pela pesquisa.
Em relação a
setembro de 2022, houve um aumento de 0,3 ponto percentual no total de
inadimplentes em outubro.
FOLHA DE SÃO PAULO