Pix revoluciona os pagamentos no Brasil.
Método foi lançado
em novembro de 2020 pelo Banco Central do Brasil.
Robson Ferreira
perambula com um cartaz em meio aos carros que aguardam o semáforo em um
cruzamento de São Paulo. "Preciso de ajuda", escreveu no cartaz que
segura junto da palavra "Pix", seguida de uma chave numérica.
O Pix se tornou a
forma de pagamento mais popular do Brasil, superando desde o ano passado o
volume de transações em cartões de crédito e débito.
"Recebo pelo
Pix porque eu andava com a placa e aí as pessoas que me ajudavam, me disseram:
'Coloca Pix, a gente nem anda mais com dinheiro'. Com o Pix geralmente recebo
mais dinheiro", diz Ferreira, um desempregado de 48 anos que pede esmola
aos motoristas.
O método foi lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central do Brasil (BCB).
PEQUENAS QUANTIAS
As "chaves" Pix totalizaram 478 milhões até julho —a
maioria de pessoas físicas— entre 184 milhões de brasileiros bancarizados,
segundo os últimos dados do BCB.
O número de
transações chegou a 4,2 bilhões no primeiro trimestre do ano, 22,9% do total,
contra 3,7 e 3,5 bilhões dos pagamentos com crédito (19,27%) e débito (19,8%),
respectivamente.
O BCB também destaca os benefícios para os
comerciantes: "As taxas cobradas para o recebimento de outros meios
eletrônicos (...) são muito elevadas.
Além disso, existe um espaço de tempo
muito longo para que os recebidos sejam efetivamente creditados após a
realização de uma venda", de até 28 dias para os cartões de crédito.
FOLHA DE SÃO PAULO