INSS


Em 2051 o Brasil terá mais assistidos pelo INSS do que pagadores de impostos  

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que a partir do ano de 2051 o Brasil terá mais assistidos pela Previdência Social que  pagadores de impostos.

O trabalho aponta que em 2030 o Brasil terá 39,9 milhões de beneficiários e 63,9 milhões de pagadores de impostos. Já m 2051 serão 61,3 milhões de aposentados e pensionistas e 60,7 milhões de contribuintes.

O pagamento de benefícios previdenciários pelo INSS  somou o valor inédito de R$ 577 bilhões nos 7 primeiros meses deste ano. 

Apesar disso,  a projeção do Governo é que  o montante atinja ao longo de todo 2024 a cifra de R$ 923 bilhões, o que representará uma queda na comparação com 2023. 

Analistas têm apontado que a projeção deste ano estaria subestimada pelo governo, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que os gastos do ano de 2023 foram inflados pelo pagamento de precatórios atrasados pela gestão anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro — que aprovou uma PEC sobre o assunto. 

O que inflou os números do ano passado (base de comparação).

Segundo o Ministério do Planejamento, o rombo da Previdência Social (despesas acima das receitas) devera avançar de R$ 272,6 bilhões, em 2024, para R$ 293,5 bilhões em 2025. 

Na proporção com o PIB, o governo prevê que o déficit do INSS ficará estável em 2,37%. 

De acordo com o especialista Fabio Giambiagi,  os últimos números de crescimento do rombo previdenciário "certamente" indicam a necessidade de uma nova reforma da Previdência no futuro, uma vez que a economia trazida pela feita em 2019 está sendo rapidamente consumida pela política de reajuste dos benefícios mínimos, pagos com base no salário-mínimo, acima da inflação.



O GLOBO
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