A 8ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro,
resultado da pesquisa feita pela Anbima em parceria com o Datafolha, aponta que
a tradicional caderneta de poupança ainda é o investimento mais comum dos
brasileiros (23%), mas essa preferência caiu dois pontos percentuais em
comparação ao levantamento anterior.
Historicamente, a caderneta de poupança é a aplicação com o maior
número de citações espontâneas.
Porém, 2024 houve uma queda de seis pontos
percentuais na comparação a 2023, essa baixa foi observada entre pessoas de
todas as gerações, mas muito puxada pelos mais jovens.
Entre os mais jovens, especialmente a Geração Z (16 e 28 anos),
cresce o interesse por alternativas como fundos de investimento, títulos
privados e moedas digitais.
Esse grupo não apenas demonstra maior familiaridade
com produtos financeiros, como também está mais disposto a diversificar suas
aplicações — um comportamento que aponta para uma mudança estrutural no perfil
do investidor brasileiro no médio e longo prazo.
A movimentação também pode ser observada na evolução de alguns
produtos.
Os títulos privados, por exemplo, estão em crescimento pelo terceiro
ano consecutivo, alcançando 6% de preferência. Já os fundos de investimento
aparecem na terceira posição (5%), superando as moedas digitais (4%), que
perderam espaço em relação às edições anteriores da pesquisa.
As pessoas da classe A/B são as que mais diversificam seus
investimentos.
Além da caderneta de poupança (31%) essa faixa da população
aplica seus recursos em títulos privados (15%), fundos de investimento (13%),
moedas digitais/criptomoedas (8%) compra e venda de imóveis (7%), ações na
bolsa (6%) e outros. Nas classes C e DE a caderneta de poupança ainda segue
absoluta, com 24% e 16% respectivamente.
Quando questionados sobre suas intenções de investimento para
2025, os brasileiros apontam a poupança como o principal destino dos recursos
(21%), seguida da compra e venda de imóveis (12%). No entanto, novamente os
dados revelam sinais de transformação.
Produtos como fundos de investimento (7%), títulos privados (6%) e
moedas digitais (5%) vêm ganhando espaço, especialmente entre os mais jovens, o
que reforça a tendência de diversificação no futuro.
ANBIMA