PERSPECTIVAS DA SEMANA


Dados de atividade de agosto seguem indicando resiliência da economia brasileira.

Os dados de agosto reforçaram o quadro de atividade econômica resiliente no Brasil, contrariando parte do pessimismo recente. 

O mercado de trabalho segue aquecido, com taxa de desemprego em 5,6%, na mínima histórica, e criação líquida de 147 mil postos formais no Caged — um pouco abaixo do esperado, mas ainda em patamar robusto.

Na Indústria, houve crescimento de 0,8% na margem, superando as expectativas, enquanto as Vendas no Varejo vieram um pouco acima no conceito ampliado e em linha no restrito. 

Já o setor de Serviços apresentou resultado dentro das projeções, com abertura qualitativamente favorável, indicando continuidade da demanda doméstica.

O conjunto dos dados não sugere uma desaceleração mais forte da economia. 

Mesmo com alguma perda de fôlego marginal, o risco de crescimento negativo no 3º trimestre não tem se materializado.

Mantemos, assim, nossa projeção de 0,2% de crescimento trimestral, e reforçamos a visão de reaceleração no 4º trimestre, impulsionada pelas medidas de estímulo fiscal e parafiscal em curso.

No todo, a leitura dos indicadores de agosto reforça o diagnóstico de desaceleração gradual, porém, com resiliência. 

Esse ambiente não corrobora a antecipação de cortes de juros — ao contrário, reforça a leitura de que o Banco Central deve manter a Selic estável por um período prolongado, aguardando evidências mais consistentes de desaceleração da atividade nos próximos meses.

Destaques da semana

Brasil:

A agenda doméstica terá como destaque a divulgação do IPCA-15 de outubro.

Segunda-feira: Relatório Focus; Balança Comercial Semanal.

Quinta-feira: FGV CPI IPC-S (3ª semana de outubro).

Sexta-feira: Conta Corrente (setembro); IPCA-15 (outubro).

Estados Unidos:

A agenda norte-americana será marcada pela divulgação de dados inflacionários e de confiança do consumidor. A publicação de diversos indicadores segue suspensa em razão do shutdown.

Segunda-feira (20): Índice de Serviços do Fed da Filadélfia (outubro).

Quinta-feira (23): Índice Industrial do Fed de Kansas City (outubro).

Sexta-feira (24): CPI (setembro); PMIs de Manufatura e Serviços (outubro); Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan (outubro); Índice de Serviços do Fed de Kansas City (outubro).

Europa

O foco estará nos discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e em indicadores de inflação, confiança e contas externas.

Segunda-feira: PPI da Alemanha (setembro); Conta Corrente da Zona do Euro (agosto); discursos de Isabel Schnabel, Joachim Nagel e Boris Vujic (BCE).

Terça-feira: Discursos de Philip Lane, José Luis Escrivá, Christine Lagarde, Martin Kocher e Nagel (BCE).

Quarta-feira: CPI do Reino Unido (setembro); discursos de Luis de Guindos e Lagarde (BCE).

Quinta-feira: Confiança do Consumidor da Zona do Euro (outubro).

Sexta-feira: Vendas no Varejo do Reino Unido (setembro); PMIs de Manufatura e Serviços da Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido (outubro); discursos de Nagel e François Villeroy (BCE).

Ásia:

Os destaques da agenda asiática recaem sobre indicadores de atividade e inflação da China e do Japão.

Segunda-feira: PIB do 3º trimestre de 2025 da China; Produção Industrial da China (setembro); Vendas no Varejo da China (setembro); Taxas de Juros de 1 e 5 anos da China.

Terça-feira: Pedidos de Máquinas do Japão (setembro).

Quarta-feira: Balança Comercial do Japão (setembro).

Sexta-feira: CPI do Japão (setembro).



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