CRESCIMENTO ECONÔMICO


Aposta em investimento público é pulo nostálgico em piscina sem água, dizem Arminio Fraga e Persio Arida.

Para eles, postura obscurantista do governo afugenta investidor mais que problema fiscal.

O governo federal não tem necessidade de aumentar os recursos para obras como forma de ajudar na recuperação do crescimento econômico, debate que hoje divide do governo Jair Bolsonaro. 

Essa é a avaliação dos economistas Arminio Fraga e Persio Arida, que participaram nesta quarta-feira (19) de evento promovido pelo Santander.

Os dois afirmaram também que a atração de investimentos depende atualmente menos das questões econômicas, como juros baixos e alto endividamento, e mais da postura do governo federal em relação a temas de importância global, como democracia e meio ambiente.

“Claro que o Brasil precisa investir mais, em tudo que é área, mas como fazer isso de uma maneira minimamente segura? Não existe eficiência sem orçamento. 

Essa conversa está tão infrutífera agora quanto era no passado. São mergulhos nostálgicos que damos em uma piscina sem água. 

Vamos quebrar o pescoço de novo”, afirmou Arminio, sócio da Gávea Investimentos, presidente do IEPS (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde)

Para Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central no governo FHC, os investimentos públicos já realizados mostram que existe uma incapacidade do Executivo de terminar obras.

Segundo ele, hoje, a grande limitação do mundo não é capital, é ter bons projetos. 

E o argumento sobre a necessidade de investimento público para puxar o crescimento parte da ideia equivocada de que o mundo é limitado na capacidade de capital que pode investir.



FOLHA DE SÃO PAULO
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