'Se o governo não
encarar essa questão de frente, em 2022 ele não faz mais nada', disse o
vice-presidente .
O vice-presidente
Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (13) que o atual sistema previdenciário é uma
"pirâmide financeira" e defendeu a aprovação de uma reforma que afete
a todos, para que o país consiga recuperar a sua capacidade de investimento.
"Uma coisa
tem que ficar bem clara para todos. Se o governo não encarar essa questão de
frente, em 2022 ele não faz mais nada. Ele só vai pagar salário e
aposentadoria, não vai ter recurso para custeio e para investimentos",
disse.
"A reforma deverá
afetar a todos, pares e ímpares, ninguém deve ficar de fora, para que
consigamos recuperar nossa capacidade de investimento", completou ele em
palestra no Seminário de Abertura do Ano da revista Voto, em parceria com o
Financial Times.
O vice-presidente
disse que a sociedade tem de entender que o atual sistema previdenciário, da
forma como está, não passa de uma pirâmide financeira.
Mourão afirmou que
uma das tarefas é "deslanchar" a comunicação na questão da reforma da
Previdência, por meio de uma campanha de convencimento.
O vice-presidente
disse que, além do desafio fiscal, o governo tem que atuar na questão da
segurança pública. Ele afirmou que o país está no limiar de ser capturado por
"narcoquadrilhas", que tiram o direito das pessoas de ir e vir.
Mourão destacou
que Bolsonaro foi eleito para fazer política de uma forma diferente da que se
fazia e também para acabar com o chamado "toma lá, dá cá" no
relacionamento com o Congresso.
FOLHA DE SÃO PAULO