MERCADO FINANCEIRO


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Intervenção? Orçamento indefinido?  Bolsa esquiva e fecha em leve alta

Esta quarta-feira (7) foi um daqueles dias cheios de assunto para o mercado ficar de olho. 

Entre o Orçamento de 2021 e falas de Bolsonaro (mais uma vez) criticando a política de preços da Petrobras, a Bolsa acabou fechando em leve alta.

Foram algumas idas e vindas até o resultado final – cada movimento repercutindo um fato. 

Um dos acontecimentos que mexeu com a Bolsa, por exemplo, foi a divulgação da ata do Fomc (Federal Open Market Committee, equivalente ao nosso Copom), do banco central dos Estados Unidos (o Federal Reserve, ou Fed, para os íntimos).

No documento, o comitê reforçou o compromisso de seguir fomentando a recuperação econômica dos EUA. Antes, o presidente da instituição, Jerome Powell, já havia dado sinais de que deve manter a atual política econômica até 2023.

Juntando essa expectativa aos sinais positivos de crescimento econômico da China, temos a leitura de que a demanda pelas commodities brasileiras continuará em alta. 

Ou seja, se compram do Brasil, as empresas que comercializam petróleo, minério de ferro e afins continuarão lucrando.

Cara leitora, você sabe quais são as empresas com maior peso na carteira teórica do Ibovespa? Petrobras e Vale, ambas do setor de commodities.

Os ganhos nestas companhias deram aquele empurrãozinho no índice, mas vale dizer que não existe milagre quando a conjuntura em si é complicada.

Como adiantamos no começo desta newsletter, o que não faltou foi assunto para o investidor ficar de olho.

Por onde anda o Orçamento?

Quem acompanhou o Mexe Com o Bolso de ontem (6) já sabe que o Orçamento segue dando o que falar. 

O texto aprovado pelo Congresso ainda está esperando aprovação – com ou sem vetos – do presidente Jair Bolsonaro. 

Do jeito que está, a proposta poderia levar o presidente a cometer crime de responsabilidade fiscal caso sancionasse o Orçamento tal como está – o que, em último caso, poderia culminar em impeachment.

Falando no presidente, em evento nesta quarta-feira, Bolsonaro prometeu (de novo) interferir na política de preços da Petrobras, afirmando que o aumento do preço do gás é "inadmissível" e que pode "mudar essa política de preços"

Foi assim que a estatal, que estava ajudando a elevar o Ibovespa, acabou perdendo força. 

Os destaques positivos ficaram para a Vale, que renovou a máxima histórica de fechamento, para a petroquímica Braskem, operadora de saúde Hapvida e o frigorífico Minerva. 

Na outra ponta, ações de empresas do setor de varejo acabaram prejudicadas por conta da piora da pandemia.


Recorde de perdas

Ontem, pela primeira vez, o Brasil ultrapassou 4 mil mortes em 24 horas, levando a média móvel de óbitos a subir 22% em comparação a 14 dias atrás.

Em meio à vacinação lenta, foi aprovado na Câmara um projeto de lei que permite a compra de vacina por empresas. 

A medida, no entanto, é criticada por especialistas por enfraquecer o SUS, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e pela oposição, por dar margem aos “fura-filas”, em detrimento do Plano Nacional de Imunização (PNI).

Em entrevista ao G1, o médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa, Gonzalo Vecina, classificou o PL como “imoral”. 

“É uma imoralidade você conseguir antecipar sua vacinação porque tem dinheiro. Quem tem dinheiro toma a vacina antes. 

É isso que estamos propondo? Quem tem dinheiro pode qualquer coisa e quem não tem fica na fila? Vamos instalar a barbárie no Brasil?”, diz Vecina.


Saber hoje:

  • O brasileiro está tirando mais dinheiro da poupança do que depositando. O saldo de saques na caderneta superaram os depósitos em R$ 3,524 bilhões em março deste ano, segundo o Banco Central. Com o número, a saída de recursos bateu recorde no primeiro trimestre do ano.
  • Parece notícia repetida, mas não é: aconteceu mais um vazamento de dados. Desta vez, hackers obtiveram 8 milhões de números de telefone brasileiros do banco de dados do Facebook. Veja aqui como saber se o seu celular está entre os azarados.


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