Acesso a saúde,
assistência social e emprego estão entre principais queixas.
Quinze anos após
ter sido criada, a principal lei de defesa dos direitos do idoso ainda tem sua
aplicação completa como desafio.
Em outubro de
2003, quando o chamado Estatuto do Idoso entrou em vigor, 8,5% da população
tinha 60 anos ou mais —15 milhões de pessoas. Hoje, esse grupo já representa
13% do total e supera 27 milhões, segundo o IBGE.
O envelhecimento
da população não tem sido acompanhado por medidas que garantam todos os
direitos desse público, dizem especialistas.
A baixa oferta de
políticas de cuidado para idosos que precisam de apoio, como os chamados
centros-dia, é um dos gargalos apontados. Outros problemas são dificuldade no
acesso à saúde, ausência de abordagem nas escolas sobre respeito ao idoso e
falta de políticas de emprego.
“Existe uma
cultura de que envelheceu e acabou: você ganha um pijama, um chinelo e uma
poltrona. Queremos mostrar que o idoso continua sendo sujeito de direitos”, diz
Delton Pastore, promotor que atua na defesa do idoso no Ministério Público de
São Paulo.
Para ele, falta
integração de serviços ao idoso, como na saúde e assistência social.
FOLHA DE SÃO PAULO