Crise hídrica pode impactar economia e inflação,
diz secretário de Guedes.
Bruno
Funchal afirma que vacinação impulsiona atividade, mas pondera que risco no
setor elétrico não pode ser ignorado.
O secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Bruno Funchal, afirmou nesta segunda-feira (31) que a chegada de uma nova crise hídrica ao país, com
impacto no setor elétrico, gera risco à retomada da atividade econômica e pode
ter repercussão sobre a inflação.
O secretário do ministro Paulo Guedes (Economia)
participou de audiência pública no Congresso sobre medidas de enfrentamento à
pandemia da Covid-19.
Ele afirmou que a vacinação pode impulsionar a economia e
melhorar as contas do governo, mas ponderou que o risco no setor elétrico não
pode ser ignorado.
preocupação de membros do Ministério da
Economia é que a retomada da economia possa esbarrar em uma limitação da capacidade de fornecimento de energia.
O país
passa por uma redução dos níveis de chuva, o que, segundo o presidente Jair
Bolsonaro afirmou na sexta-feira (28), criou “uma das maiores crises
energéticas do país”.
O governo emitiu alerta de emergência hídrica em
cinco estados: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
Na sexta-feira, Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) anunciou a aplicação do patamar 2 da bandeira tarifária vermelha para o mês de
junho, ao custo de R$6,243 para cada 100kWh (quilowatt-hora) consumidos.
A agência citou “condições hidrológicas
desfavoráveis” em maio para ativar o patamar mais caro do sistema de bandeiras
tarifárias.
Em maio vigorou no país a bandeira tarifária vermelha, patamar 1,
em que o acréscimo é de R$ 4,169.
A medida tem impacto direto no custo da energia
para os consumidores e produz efeito sobre os índices de inflação.
Durante evento organizado pela CNI (Confederação
Nacional da Indústria) nesta segunda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
(DEM-MG), cobrou do governo respostas sobre a
iminência de uma escassez energética no Brasil.
Segundo ele, o Congresso
aprovou medidas para melhorar o ambiente do setor elétrico.
FOLHA DE SÃO PAULO