"Burnout"
entre altos executivos.
Burnout
chegou ao alto escalão, afetando saúde e relacionamento familiar; 88% declaram
que nunca tinham vivido crise igual
Levantamento
com quase 2 mil executivos da alta e média gerência revelou que os gastos com
terapias e cuidados com a saúde mental em geral cresceram 330% no
acumulado de 12 meses encerrado em junho último.
Pesquisa da doutora em psicologia Betânia Tanure de Barros, da
BTA Associados, especialista em cultura organizacional, feita há cerca de um
mês com mil executivos em posições de comando (presidentes, vice-presidentes,
conselheiros, diretores) apontou que 88% nunca passaram por uma crise tão forte
na vida como a atual.
Mais da metade deles (58%) têm muito medo de morrer. Já
42% decidiram se separar do cônjuge ou estão pensando seriamente no assunto.
“Nós estamos vivendo quatro crises simultâneas”, diz Betânia.
“Econômico-financeira, sanitária, antropológica e afetiva”.
A pandemia que
gerou impactos na economia afetou o nosso cotidiano, a maneira como nos
relacionamos e a nossa visão de mundo, afirma a especialista.
“Isso conta para
todos, não importa se você mora em 30 ou em 300 metros quadrados”, diz ela.
Os
pesquisadores recomendaram que os empregadores e os gestores da área de saúde
se preocupem cada vez mais em reforçar o atendimento médico-hospitalar voltado
para a saúde mental.
O GLOBO