Petróleo desaba no exterior com risco de
desaceleração da China.
No
mercado local, investidores avaliam que manifestações políticas estão dentro do
esperado
Os preços do petróleo no mercado internacional
registraram forte baixa nesta quarta-feira (7), com dados da economia chinesa
renovando os temores dos investidores sobre o risco de desaceleração e possível
recessão econômica global nos próximos meses.
Os preços do barril do tipo Brent oscilavam em
baixa de 5,6% por volta das 17h45, a US$ 87,64 (R$ 457,67), renovando as
mínimas desde o final de janeiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Dados da balança comercial do gigante asiático
vieram significativamente abaixo das previsões, com o impacto negativo do
aumento da inflação para a demanda no exterior, ao mesmo tempo em que o país
voltou a conviver com novas restrições por causa da Covid-19 e
com ondas de calor que interromperam a produção.
Os números divulgados nesta quinta mostraram que as
importações de petróleo pela China caíram 9,4% em agosto em relação ao ano
anterior, com a extensão das restrições de mobilidade por causa da pandemia
reduzindo a demanda por combustível.
Em termos consolidados, as importações chinesas
cresceram apenas 0,3% em agosto, de 2,3% no mês anterior, e bem abaixo do
aumento previsto de 1,1%, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira.
Já as exportações aumentaram 7,1% em agosto em
relação ao mesmo período do ano anterior, reduzindo o ritmo ante a alta de 18%
em julho.
Analistas esperavam um crescimento de 12,8%. Tanto as importações
quanto as exportações cresceram no ritmo mais lento em quatro meses.
FOLHA DE SÃO PAULO