A
Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta o projeto de lei que regulamenta as apostas esportivas no país. A
estimativa de arrecadação é de R$ 1,6 bilhão em 2024.
O tema antes tramitava via MP (medida provisória), mas foi alterado em um
acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Agora, a proposta vai
ao Senado.
Como
a proposta prevê a cobrança:
- Para as
empresas: uma tributação de 18% sobre as receitas
líquidas com os jogos, além de uma outorga de R$ 30 milhões para
as bets atuarem no Brasil por três anos.
- Para os
apostadores: alíquota de 30% de IR (Imposto de Renda)
sobre os prêmios recebidos que ficarem acima da faixa de isenção de R$
2.112.
Alterações: os
deputados incluíram mudanças no texto, como a que reduz a arrecadação destinada à seguridade social de
10% para 2%. A sobra foi dividida entre os ministérios do Esporte e do Turismo
–comandados pelo centrão– e a Embratur.
O projeto de lei também traz um dispositivo que pode permitir cassinos
online e apostas em competições de games virtuais, os eSports.
Por que bets valem e jogos de azar não? As apostas esportivas foram
legalizadas em 2018, quando uma lei autorizou as apostas de quota fixa, ou
seja, aquelas em que o apostador sabe quanto pode ganhar no momento em que
tenta a sorte –é o caso das bets.
Desde então, o mercado nacional espera por uma regulamentação, que é defendida
pelas maiores empresas que atuam no setor, hoje sediadas fora do país.
FOLHA DE SÃO PAULO