Se reforma da Previdência não passar, caminho é desvincular gastos, diz Guedes


Ministro afirma que vai buscar o boi na sombra, em referência a medidas para acabar com privilégios

Em seu primeiro discurso como ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que “vai buscar o boi na sombra”, fazendo referência a medidas para reduzir incentivos tributários concedidos a empresas e a aposentadorias generosas de servidores públicos.

A iniciativa parte do diagnóstico de que é preciso frear o crescimento excessivo dos gastos públicos, que levou o país a um endividamento em bola de neve e a taxas de juros recorrentemente elevadas.

“A insistência do Estado como o motor do crescimento produziu essa expansão dos gastos como proporção do PIB, corrompendo a política e estagnando a economia”, disse.

O principal ponto na mira do ministro é a Previdência Social, que deve ser objeto de uma reforma a ser apresentada ao Congresso Nacional logo na abertura dos trabalhos legislativos.

Nos próximos 30 dias, afirmou o ministro, serão apresentadas medidas para reduzir as despesas por meio de mudanças que não alterem a Constituição.

"A Previdência é uma fábrica de desigualdades, quem legisla tem as maiores aposentadorias, quem julga tem as maiores aposentadorias e o povo brasileiro tem as menores”, afirmou Guedes, sendo muito aplaudido pela plateia formada por empresários, banqueiros e políticos.

“Se isso [reforma da Previdência] falhar temos essa PEC (proposta de emenda à Constituição). Segura o teto [de gastos], desindexa, desvincula e desobriga todas as despesas da União”, afirmou.



FOLHA DE SÃO PAULO
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