A semana começa com mais um dia prometendo muita volatilidade aos
mercados, com aversão ao risco predominando em meio aos temores provocado pela
pandemia.
A tendência de baixa foi acentuada nesta madrugada, reflexo do
impasse em torno do pacote de ajuda de US$ 1,3 trilhão proposto pelos EUA, à
espera de aprovação no Senado, bem como pelo avanço da epidemia de coronavírus,
forçando os governos a ampliar medidas de confinamento, comprometendo cada vez
mais a perspectiva da economia global.
Ontem à noite, o governo Trump não obteve êxito em aprovar no Senado
americano um pacote destinado a amenizar os efeitos adversos do coronavírus.
Há
expectativa que seja aprovado hoje, em sessão especial às 10h30 de Brasília.
As bolsas asiáticas
fecharam majoritariamente em baixa, nesta segunda-feira. O índice regional de
ações MSCI Asia Pacific apurou perda de 2,9%.
Na China, o índice Xangai
Composto teve queda de 3,11%.
Em Hong Kong, o Hang Seng sofreu queda de 4,86%,
enquanto o sul coreano Kospi recuou 5,34% em Seul, após ter as negociações
paralisadas ao longo do pregão por ter atingido limite de baixa.
O Taiex
registrou baixa de 3,73%, em Taiwan. A exceção foi a bolsa de Tóquio, que não
operou na sexta-feira devido a feriado nacional no Japão, quando as bolsas
asiáticas mostraram recuperação generalizada.
O índice Nikkei fechou o dia com
alta de 2,02%. No mercado de moeda, o dólar é
Cotado a 110,60 ienes X 110,87 ienes de 6ª feira à tarde.
As bolsas europeias
mergulham no vermelho, nesta manhã. Aumentam as preocupações com o avanço da
pandemia, o que força os governos a adotarem medidas de isolamento,
comprometendo cada vez mais as perspectivas para a economia global.
O índice
pan-europeu de ações STOXX600 opera com queda de 3,74%, no momento. Em Londres,
o FTSE100 recua 4,21%; o CAC40 tem queda de 3,19% em Paris; o DAX se
desvaloriza 3,40% em Frankfurt.
O euro troca de mão a US$ 1,0676, recuando de US$ 1,0695 no final de 6ª
feira.
No mercado americano, os futuros dos principais índices da bolsa de Nova
York apontam para uma abertura em baixa, enquanto os investidores aguardam a
tentativa do governo Trump em aprovar no Senado um pacote de US$ 1,3 trilhão
para ajudar a minorar os efeitos da epidemia sobre a economia.
No momento, o
índice futuro de Dow Jones perde 2,77%; do S&P 500 cai 5,75%; Nasdaq tem
queda de 2,42%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos recua 4,35%, situando-se em
0,8086% ao ano.
O dólar permanece com tendência de alta frente às principais
moedas, como também diante das emergentes, neste dia, em que mais uma vez,
prevalece forte aversão ao risco.
No mercado de
petróleo, os contratos futuros da commodity operaram sem direção única ao longo
da sessão asiática.
No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para
abril, é negociado a US$ 22,52/barril, com queda moderada de 0,49%.
No mercado
doméstico, a atenção será para a divulgação da ata da reunião do Copom,
antecipada para hoje (8h), seguida de entrevista do presidente do Banco
Central, Roberto Campos Neto.
O comunicado divulgado após o encontro, na semana
passada, desagradou à maioria dos investidores por empregar um tom muito
conservador para os próximos passos da política monetária.
A FGV divulga a
terceira quadrissemana do IPC-S de março, que deve mostrar alta discreta de
0,01%, segundo a mediana das projeções do mercado.
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