Em um pregão caracterizado pelo
otimismo dos investidores com a trégua comercial anunciada no sábado por
Estados Unidos e China, a brasileira Marfrig Global Foods, segunda maior
empresa de carne bovina do mundo, registrou valorização na B3. Ontem, as ações
da companhia subiram 2,58%, para R$ 6,36.
As ações da Marfrig se
valorizaram na esteira da conclusão da venda da subsidiária Keystone à
americana Tyson Foods, por US$ 2,2 bilhões. A transação, anunciada após o
fechamento do pregão de sexta-feira, reduziu a dívida líquida da Marfrig
praticamente à metade e deu à empresa flexibilidade para fazer pequenas
aquisições e investir na produção de alimentos processados, especialmente
hambúrguer.
A Marfrig fez recentemente uma
oferta pelos ativos de bovinos da BRF na Argentina e propôs assumir a produção
de hambúrguer da BRF no Brasil, que hoje é feita em Várzea Grande (MT) e
passaria a ser terceirizada. Recordando que Petros e Previ detém 22% da
empresa.
Na bolsa, as ações da BRF
também subiram ontem. As notícias sobre o avanço do processo de venda de
ativos, ajudará na redução do endividamento.
No pregão, os papéis da BRF
chegaram a subir mais de 4%, ficando ente as dez maiores altas do Ibovespa.
Durante a tarde, a alta perdeu fôlego e as ações fecharam a R$ 22,55, ganho de
1,71%.
Além dos ativos na Argentina e
da possibilidade de deixar de produzir hambúrguer no Brasil, a BRF está
vendendo ativos na Europa e Tailândia. A empresa quer anunciar a venda dessas
operações ainda este ano e angariar R$ 3 bilhões.
Em outro texto, o mesmo jornal,
ao informar as ações que constam entre as recomendadas para compor uma carteira
ideal de renda variável neste momento, relata que os papéis da BRF estão entre
as indicadas. A escolha decorre em boa parte das expectativas
positivas com a gestão do presidente Pedro Parente.
A BRF não apresentou resultados
bons, mas pelo exemplo do que o Parente fez na Petrobras se imagina algo
semelhante na BRF. Talvez não no curtíssimo prazo, mas o mercado vive de
expectativas.
VALOR ECONÔMICO