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Em parceria com Alckmin, ex-aliado de Trump vai pagar estudos de PPP com criptomoedas

Uma empresa americana, a CG/LA Infrastructure, quer pagar pela elaboração de estudos de viabilidade de parcerias público-privadas (PPPs) de iluminação em cidades do interior do Estado.

Segundo o governo de São Paulo, que anunciou a parceria, os engenheiros contratados vão receber parte do pagamento pelos estudos em criptomoeda, a BuildCoin.

É um ativo digital, que, como tal, não é regulado por um banco central, e que, no caso, ainda não existe. A BuildCoin será criada no ano que vem, na Suíça, em uma oferta cuja expectativa é de arrecadar US$ 59,4 milhões (R$ 196 milhões).

 

O público-alvo é o setor de construção civil.

A CG/LA Infrastructure, de consultoria, é liderada por Norman Anderson, que foi conselheiro informal de Donald Trump.
Sua firma ajudou a esboçar um projeto de lei que previa US$ 1 trilhão de investimentos em infraestrutura nos Estados Unidos, depois escanteado por Trump.

"Não há nada de ilegal em pagar alguém com criptomoedas, mas não é todo mundo que vai aceitar, ainda mais quando não se sabe se um ativo assim tem liquidez, se é bolha ou não", diz Leonardo Cotta Pereira, sócio do Siqueira Castro Advogados.

 

A intenção do governo de São Paulo com a parceria é montar um portfólio com os estudos de PPPs de iluminação, e, com isso, atrair investidores estrangeiros.

Essa era uma das intenções da PPP de R$ 7,2 bilhões, estagnada na cidade de São Paulo. A licitação perdeu o interesse da GE e da Philips quando a prefeitura extinguiu das garantias uma conta vinculada à Cosip (contribuição para custeio da luz).



Natália Portinari, jornal FSP
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