Reforma da Previdência: Para Giambiagi não há mais espaço para medidas suaves


Após fornecer vários números mostrando que as despesas com a previdência estão esmagando as outras rubricas do orçamento público, o economista Fábio Giambiagi diz que, seja na União ou nos Estados, as contas públicas são pressionadas pelos funcionários inativos, muitos deles aposentados precocemente comparativamente ao resto do Mundo. “São fatos que remetem a um quadro de exaustão fiscal. Os recursos para sustentar regras generosas de aposentadoria simplesmente exauriram-se. Se continuarmos nessa tendência, a despesa com benefícios continuará esmagando o espaço para rubricas essenciais à realização de políticas públicas em favor dos interesses da maioria. O custo de se ter um sistema no qual as pessoas se aposentam aos 53 ou 54 anos é o País ter um sistema de saúde precário, uma edução deficiente e uma segurança pública calamitosa.

Para Giambiagi, a situação já chegou a tal ponto que a reforma a ser feita pelo próximo Presidente não poderá ser suave, porque “o longo prazo chegou”. Ele defende idade mínima de 60 anos para os homens a partir de 2020, com elevação desse piso na base de 1 anos a cada 2 anos, ao longo de 10 anos de transição, até se chegar aos 65 anos em 2030. No caso das mulheres, a conta começaria com o mínimo de 57 anos e atingindo os 63 anos em 2032.

Para os servidores, Giambiagi defende 65 anos (homens) e 63 anos (mulheres) já a partir de 2020, sem transição, portanto.

 



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