Cresce o peso do voto do idoso.
O Tribunal Superior Eleitoral – TSE aponta um forte crescimento do
eleitorado idoso, um aumento de cerca de 30%, nos últimos 10 anos.
Com isso
os idosos já representam 21% dos eleitores; sendo 55% mulheres.
Agora, um dado que permite uma clara comparação
quanto ao peso do voto dos 60+ : enquanto isso o voto dos jovens
(16 a 24 anos) representa 13,7% do total de eleitores no país.
E o crescente
peso do eleitorado grisalho tem efeitos diversos além dos resultados das urnas,
uma vez que mexe na cultura em seu sentido mais amplo, na economia, no social e
muito provavelmente também, em algum momento no desenho da previdência
complementar e na forma como a sociedade brasileira a as forças políticas a
enxergam.
Se em algum momento melhor organizado por alguma força política capaz de
ver nele um ativo importante, esse eleitora pode muito bem se mobilizar.
E a partir dessa possível mobilização e organização dos idosos, é provável
que se possa realizar debates, ouvir demandas, compreender melhor expectativas
e necessidades desse grupo etário e partir daí comparar ou aderir a propostas,
programas e candidatos, dentro do processo eleitoral.
Isso pode ser particularmente mais efetivo quando se trata de eleições
municipais, como as que teremos esse ano no país, posto que é no município onde
concretamente as demandas estão evidenciadas e onde as pessoas exercem de
maneira mais perceptível a cidadania.
A força do voto grisalho é também
significativa, porque os idosos tendem a votar em proporções mais altas do que
outras faixas etárias, isso significa que seus votos têm um peso ainda maior
nas eleições.
De toda forma, ainda que em grande número no conjunto do eleitorado,
nada disso tira do idoso a obrigação de lidar com uma cultura que desfavorece a
sua imagem pública, em meio a uma sociedade que valoriza fortemente o trabalho,
o individualismo, a igualdade e onde existe um culto à juventude.
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