MARCAS & PATENTES


Kopenhagen perde a marca Língua de gato em briga com Cacau Show.

Justiça do Rio de Janeiro determina que não cabe exclusividade da marca e libera uso por qualquer concorrente da fabricante de chocolates

A Justiça do Rio de Janeiro derrubou a exclusividade da marca "Língua de Gato" da Kopenhagen em uma disputa envolvendo a Allshow, uma das controladoras da Cacau Show.

Na decisão, a juíza Laura Bastos Carvalho, considerou que a tradicional fabricante de chocolates não demonstrou que, ao ter registrado a marca no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), ela era única.

"Ficou comprovado que a expressão ‘ língua de gato’ é de uso comum para designar chocolates em formato oblongo e achatado", escreveu a juíza na decisão.

No processo, a sócia da Cacau Show elenca uma lista de fabricantes estrangeiros que usam a língua de gato em seu portfólio de produtos com o mesmo nome.

A companhia recorreu à Justiça afirmando que a Kopenhagen move uma onda de processos a concorrentes que lançam produtos similares.

MAIS DE 80 ANOS

A Kopenhagen comercializa sua famosa ‘língua de gato’ desde 1940 e disse, em sua defesa à Justiça, que o "uso indevido da marca por terceiros concorrentes denota não a sua natureza comum ou vulgar, mas justamente a intenção parasitária de seus concorrentes em tentar associar seus produtos aos produtos da Kopenhagen".

Por isso, afirma que vem adotando medidas judiciais e extrajudiciais para assegurar a unicidade de sua marca.

No processo, a Kopenhagen considera que, se a marca fosse meramente descritiva da forma do produto, o Baton ou Diamante Negro poderiam ter seu nome usados por concorrentes desde que lançassem chocolates em forma de batom ou de diamantes negros.



FOLHA DE SÃO PAULO
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