Entenda o que é o quiet quitting, fenômeno que
chama atenção no mundo do trabalho.
Adeptos de limites
saudáveis entre vida pessoal e trabalho criticam termo.
Em português, quiet
quitting significa demissão silenciosa.
O termo vem sendo usado para
caracterizar profissionais que defendem estabelecer limites bem definidos entre
trabalho e vida pessoal, correspondendo às obrigações para continuar empregado,
mas não fazendo mais ou menos do que o combinado.
Relatos nas redes
sociais indicam que, apesar do que o nome sugere, os adeptos não desejam ser
demitidos, mas apenas cumprir com o acordado: sair no horário, não trabalhar no
final de semana e não adotar funções extras, por exemplo, são atitudes
defendidas pelos trabalhadores.
A tendência chega
em meio à chamada grande renúncia ("The Great Resignation"),
movimento dos Estados Unidos que começou com jovens
compartilhando a saída do emprego em redes sociais.
Já no Brasil o número recorde de demissões mostra que os
profissionais de maior escolaridade foram os que mais pediram para deixar o
emprego.
Entre janeiro e
maio 2,9 milhões de trabalhadores brasileiros pediram para sair do trabalho,
segundo levantamento da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro) a partir de dados do Caged, maior índice da série histórica iniciada
em 2005.
A alta nos casos de
burnout também é motivo de alerta para especialistas. Mais pessoas sofrem com o
esgotamento relacionado ao trabalho, o que é atribuído também à dissolução de limites entre trabalho e vida pessoal,
influenciada pelo trabalho remoto durante a pandemia.
FOLHA DE SÃO PAULO