MERCADO FINANCEIRO


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Empatou: impasses no Orçamento, gastos públicos e vacinação empacam Bolsa.
Esta terça-feira (6) até começou animada, mas tudo que o investidor brasileiro teve hoje foi um empate, com a Bolsa brasileira sentindo a queda dos índices nos Estados Unidos.

Não é como se o Brasil estivesse cheio de motivos para uma alta. 

O mercado está há dias ressabiado com a novela do Orçamento de 2021 – que, apesar de já estarmos em abril, ainda não foi aprovado.

Cabo de guerra: Guedes x Congresso

Neste momento, os olhos estão voltados para as negociações entre Congresso e governo, que ainda buscam um acordo. 

De um lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pede mais cortes. 

Do outro, parlamentares já visam as eleições do ano que vem – e os gastos para ganhar o coração do eleitorado. 

Ao que tudo indica, o impasse acabará com vantagem para a ala política: segundo a Bloomberg, o presidente Jair Bolsonaro deve manter o dinheiro para obras e verbas para emendas

Guedes terá apenas a volta dos gastos obrigatórios com a Previdência, que tinham ficado de fora da proposta do Legislativo.

Sem as mudanças, essa história ainda daria muito pano para a manga, já que o texto aprovado pelo Congresso poderia levar Bolsonaro a cometer crime de responsabilidade fiscal caso sancionasse o Orçamento tal como está – o que, em último caso, poderia culminar em impeachment.

É aqui, cara leitora, que entendemos como a política influencia a economia, e vice-versa. 

Com Bolsonaro cada vez mais comprometido com o Centrão, fazer a vontade dos parlamentares desta área é quase uma questão de sobrevivência. 

Este cenário, que aponta para contas públicas ainda mais apertadas, fez os investidores segurarem a grana. 

Para que se tenha ideia, o volume movimentado hoje (R$ 18,5 bilhões) foi 30% inferior à média diária em 2021, de R$ 26,5 bilhões.

Quem mais sentiu foram as chamadas blue chips – ações de empresas com ótima reputação e consideradas confiáveis –, como os bancões, Vale e Petrobras. 

Nem mesmo as altas nos preços do minério de ferro e do petróleo seguraram as grandonas. 

Nem mesmo a vacinação trouxe alento ao mercado, já que ela segue lenta. 

Nesta terça-feira, a própria economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, reforçou que o Brasil precisa melhorar o ritmo da vacinação para garantir a recuperação econômica.


Vale saber hoje:

  • Segura: o Brasil deverá cair para a 13ª posição entre as maiores economias do mundo, um degrau mais baixo do que o momento, mostra levantamento da Austin Rating a partir de novo relatório do FMI. No ano passado, o país tombou três posições, para o 12º lugar.
  • A Bolsa brasileira atingiu a marca de 3,5 milhões de investidores pessoas físicas – só nos três primeiros meses deste ano, foram 331,9 mil novos ingressantes. Os dados são da B3. Você está neste número? Conta pra gente!
  • Vai comprar uma casa ou apê? Fique de olho, pois os preços dos imóveis subiram 0,18% em março, mostram dados do Índice FipeZap. Mesmo assim, a alta foi menor do que o esperado da inflação oficial, o Índice de Preços no Consumidor Amplo (IPCA) – expectativa de +0,95%, conforme o publicado no último Boletim Focus do Banco Central.
  • Falando nisso, a inflação para famílias de baixa renda acumulou alta de 6,63% em 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), divulgado nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Este índice – que mede, justamente, a variação de preços para famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos – subiu 0,82% em março. Em fevereiro, a variação havia sido de +0,40%.



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