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office eleva a produtividade, mas custo pessoal é alto
Pesquisa da Fundação Dom Cabral em parceria com a Grant Thornton
Brasil, mostra que 58% dos brasileiros se sentem mais produtivos ou
significativamente mais produtivos em home office.
Em 2020, na versão anterior
dessa mesma pesquisa, esse índice ficou em torno de 44%.
A pesquisa também buscou saber quais os receios para
continuidade do trabalho remoto.
Segundo 20,6% dos entrevistados, o maior deles
é a perda de convívio social, seguida de maior carga de trabalho no modelo
remoto (15,5%) e piora de comportamento por ausência de convívio (13,5%).
O
estudo teve 1.075 respondentes e foi divulgado dias atrás.
“Na primeira edição da pesquisa, no início da pandemia em 2020,
foi possível concluir que os entrevistados percebiam a experiência do trabalho
remoto como positiva, mas já existia uma preocupação com relação à
administração das tarefas de trabalho e das de ordem pessoal, tanto do ponto de
vista organizacional quanto de relacionamento com as pessoas”, lembra Fabian
Salum, professor da Fundação Dom Cabral.
“Depois de um ano, constatamos a concretização de alguns receios
e como a percepção sobre o aumento da produtividade no trabalho remoto mostra
seu custo, quando o assunto é equilíbrio e bem-estar.
Os comentários dos
respondentes apontam para um esgotamento mental, que envolve tanto a situação
crítica própria da pandemia quanto os desafios mencionados anteriormente.
Por
isso, não podemos nos deixar seduzir pela alta produtividade. Faz-se
necessários ajustes nos três níveis: organização, equipes e indivíduos”,
conclui.
Já uma outra fonte traz pesquisa do ZOOM mostrando que 53% dos
respondentes brasileiros se preocupam com a falta de conexões pessoais por
conta do home office.
Além disso, 49% encaram como dificuldade a falta de meios
para trabalhar em casa.
Outros números revelam que 44% se ressentem de uma rotina de
trabalho regular e 41% das dificuldades encontradas para conversar com outras
equipes e áreas da organização.
VALOR ECONÔMICO