Inaugurada
em 2012, a bem-sucedida experiência britânica registrou a marca de 10
milhões de novos participantes em planos de pensão capitalizados.
O
mecanismo de inscrição automática do trabalhador em planos de pensão
capitalizados visa à reestruturação do processo decisório, utilizando a inércia
do indivíduo para que ele permaneça no plano. A saída do programa é permitida
mediante manifestação expressa em período pré-determinado.
Especialistas
sugerem que a inscrição automática é de longe o método mais eficaz para
aumentar os níveis de participação em planos de Contribuição Definida, conforme
evidenciado na Inglaterra e Nova Zelândia. Em busca por maior cobertura da
previdência privada, outros países estudam a adoção ou o aprimoramento do
mecanismo, a exemplo de Irlanda, Turquia e Itália.
Pesquisa
realizada em 2012, na Dinamarca, que reforça a ideia de que mecanismos-padrão
ajudam a elevar a poupança previdenciária. O estudo divide os empregados em
poupadores ativos e passivos. Os poupadores ativos, que correspondem a 15% dos
trabalhadores dinamarqueses, costumam tomar decisões de poupança maximizando os
resultados, considerando os subsídios e o valor das contribuições automáticas.
Tipicamente, esses indivíduos são mais ricos e financeiramente conscientes, e
transferem seus ativos de um veículo para outro dependendo dos benefícios
fiscais envolvidos.
Os
poupadores passivos, por sua vez, tendem a fazem contribuições fixas, de acordo
com níveis pré-estabelecidos. “Os autores do estudo concluíram que as
iniciativas que requerem atitude do poupador têm efeito relativamente pequeno
sobre o comportamento de poupança”, pondera Rudolph. O levantamento demonstrou,
por exemplo, que quando há mudanças nos aportes do empregador, 85% dos
indivíduos afetados (poupadores passivos) não realizam quaisquer mudanças ou
revisões no plano. “Isso indica que esse grupo não se atém ao volume total de
poupança acumulada”, complementa o economista.
Fonte:
Revista da Previdência Complementar