O vice-presidente
eleito tomou conhecimento dos pontos que afetariam os militares por meio da
Folha
A reforma
previdenciária de Armínio Fraga, entregue à equipe
de Jair Bolsonaro,
já recebe críticas de um dos principais quadros do novo governo: o general
Hamilton Mourão, eleito vice-presidente.
Mourão tomou
conhecimento dos pontos que afetariam os militares por meio da Folha.
“Esse troço não funciona”, disse ele sobre a possibilidade, por exemplo, de os
integrantes das Forças Armadas se aposentarem mais cedo, aos 45 anos.
Pela proposta de
Fraga, os militares que assim o fizessem não mais receberiam 100% do salário
que tinham na ativa, mas sim 40%.
“Com 45 anos [o
militar] nem chegou a coronel. Como vai mandá-lo para casa?”, questiona Mourão. “É preciso conhecer as
especificidades da carreira”, segue.
A ideia posta à
mesa por representantes das Forças Armadas desde 2016, quando a reforma da
previdência passou a ser discutida, é outra: aumentar o tempo de permanência de
seus membros na ativa, de 30 para 35 anos.
Assim, menos gente
entra na carreira, gerando economia. “E simbolicamente ficamos mais próximos
[dos civis, que pela proposta hoje no Congresso se aposentariam aos 65]”, diz
Mourão.
Além disso, as
pensionistas passariam a pagar contribuição para o sistema de aposentadoria, o
que hoje não ocorre. Em compensação, os militares continuariam a receber o
salário integral depois de passarem para a reserva.
FOLHA DE SÃO PAULO