Queda de idosos: os números assustam.
De acordo com informações do Datasus, no
primeiro bimestre de 2024 foram registrados 17.136 atendimentos hospitalares e
9.658 ambulatoriais, envolvendo idosos, na faixa etária de 60 a 110 anos,
em decorrência das consequências das quedas que sofreram.
Em 2023, ao longo de todo o ano, foram 106.401 atendimentos
hospitalares e 45.684 ambulatoriais, números que deverão ser facilmente
superados em 2024 a julgar pelo crescimento de ocorrências registradas em
janeiro e fevereiro.
As quedas são a terceira causa de mortalidade entre as pessoas com
mais de 65 anos no Brasil e 70% acontecem dentro de casa.
Mesmo que não
provoque a morte, a queda pode trazer consequências graves para os idosos
incluindo fraturas, internações, redução da independência e depressão.
A extensão do problema foi lembrada ontem (24), data dedicada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) ao Dia Mundial de Prevenção de Quedas
em Idosos.
Para os nosso dirigentes de entidades fechadas preocupados em usar
as suas mídias internas para orientar os seus aposentados, transcrevemos as
recomendações dos especialistas:
Para prevenir as quedas, médicos
recomendam uma abordagem multidisciplinar, partindo da avaliação clínica do
idoso e de acompanhamento para identificar possíveis condições de saúde que
aumentem o risco de queda. Entre essas estão problemas cardiovasculares,
neurológicos e musculoesqueléticos.
É importante ainda que o idoso faça atividade
física regular, com exercícios específicos para melhorar a força muscular,
fortalecer e trazer mais equilíbrio, reduzindo o risco de quedas.
Além disso,
recomenda-se uma dieta balanceada para manter a saúde óssea e muscular,
prevenindo fraquezas, que podem ocasionar as quedas.
A remoção de obstáculos, instalação de barras de apoio em
banheiros e melhorias na iluminação também são úteis para evitar acidentes
domésticos.
Os idosos têm que se adaptar às limitações da idade. Eles devem,
além de modificar suas casas, evitar roupas que podem enroscar em seus pés e
aderir ao uso de sapatos bem ajustados, de preferência fechados e com solados
antiderrapantes e de borracha.
Há diversas recomendações para que familiares
auxiliem a pensar uma casa e rotina mais segura para o idoso.
É preciso ainda evitar tapetes soltos pela casa; ter corrimão dos
dois lados das escadas e corredores; colocar tapete antiderrapante nos
banheiros; evitar andar em áreas com piso molhado; evitar encerar a casa;
evitar móveis e objetos espalhados pela casa ou em corredores de circulação; e
deixar uma luz acesa à noite para o caso de precisar levantar da cama.
G1