100 anos: nunca é tarde
A adoção de bons hábitos em qualquer idade pode fazer a diferença para o
crescente número de longevos que tenderão a se
tornar centenários nas próximas décadas
Chegar aos 100 anos com saúde poderá deixar de ser raro e quase
inalcançável para se tornar algo “totalmente razoável” nas próximas décadas,
acredita o pesquisador ítalo-americano Valter Longo, gerontólogo e diretor do
Instituto de Longevidade da Universidade do Sul da Califórnia (USC).
Convém saber que para o estudioso os 3 alicerces de qualquer projeto de
viver mais são boa alimentação, exercício físico e sono de qualidade, mas
talvez o mais importante a saber por quem lida com esse público é que bons
hábitos podem ser adquiridos mesmo tardiamente para surtir efeito no tempo
de vida adicionado.
Há ganhos possíveis em qualquer idade. Longo
cita um grande estudo internacional que mostrou que adotar uma alimentação
saudável aos 20 anos pode render até 13 anos extras de expectativa de vida.
Mesmo que a mudança ocorra tardiamente — aos 60 ou até aos 80 — ainda há
benefícios relevantes, de três a nove anos a mais.
O especialista afirma que não é tarde para adotar uma dieta saudável,
mesmo após os 60 anos. Para aqueles nesta faixa etária, ele sugere um plano
alimentar focado em carboidratos complexos, consumo variado de cereais
integrais, leguminosas, oleaginosas e azeite de oliva, com uma moderação na
ingestão de frutas e aumento do consumo de proteínas para manter a massa
muscular.
O ESTADO
O ESTADO DE SÃO PAULO