Estudo
feito com 'supercentenários' liga longevidade à regeneração do DNA.
Pesquisadores
coletaram amostras de sangue de 81 pessoas com ao menos 105 anos de idade
Qual é o segredo para a longevidade? A resposta talvez tenha relação
com a capacidade do DNA de se regenerar.
É o que aponta um estudo recente feito com supercentários e publicado
na revista científica eLife. Foram coletadas amostras de sangue de 81
pessoas com ao menos 105 anos de idade.
O achado pode ajudar os cientistas a descobrirem como evitar doenças
relacionadas ao envelhecimento.
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Decodificando
a longevidade
Para
chegar aos resultados, os pesquisadores coletaram amostras de sangue de 81
centenários com pelo menos 105 anos de idade, decodificaram todo o genoma e
compararam com o material genético de 36 adultos saudáveis com cerca de 68
anos.
Em
um segundo momento, os resultados foram comparados com os dados de uma pesquisa
anterior, que analisou 333 italianos com mais de 100 anos e 358 pessoas com
cerca de 60 anos.
Segundo
o estudo, o gene COA1 apresentou um sinal mais significativo entre os
centenários, tal fator está associado à longevidade extrema.
Por outro lado, observou-se redução nas atividades do gene
STK17A, que é responsável por processos importantes da saúde das células, como
a coordenação de respostas ao dano de DNA , morte celular e a quantidade de
espécies reativas ao oxigênio dentro da célula.
Esse processo está associado ao
desenvolvimento de doenças, entre elas, o câncer.
Além
disso, os pesquisadores também mediram o número de mutações de ocorrência
natural que cada grupo acumulou ao longo dos anos.
“Os indivíduos 105 + / 110 +
são caracterizados por uma menor prevalência de mutações somáticas em seis dos
sete genes considerados estatisticamente significativos”, afirmam os
pesquisadores no estudo.
Os resultados, contudo, devem ser interpretados com cautela.
Em
suas considerações finais, os pesquisadores apontam alguns fatores limitantes à
análise, como por exemplo, o número de participantes do grupo de controle, que
corresponde a cerca de metade dos participantes do grupo de centenários.
Ademais, os pesquisadores não excluem a possibilidade das
alterações observadas serem características da população italiana.
G1