Dívida pública federal cresce 3% em junho e vai a
R$ 5,33 trilhões.
Movimento
é impulsionado por cenário econômico positivo, que motivou maior emissão de
títulos pelo Tesouro.
Impulsionado por fatores positivos no cenário econômico, o
estoque da dívida pública federal registrou um
aumento de 3,07% em julho, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira (28).
O total foi de R$ 5,17 trilhões em maio para R$ 5,33 trilhões no encerramento do
primeiro semestre.
O movimento é reflexo de maior otimismo no exterior e de cenário
mais favorável no Brasil em junho, com melhora nos indicadores de atividade e
de arrecadação de tributos. Para aproveitar esse momento, o Tesouro emitiu um
volume mais alto de títulos, provocando crescimento do estoque da dívida.
No mês passado, houve um resgate total de R$ 4 bilhões em
títulos, enquanto o volume de emissões ficou em R$ 142,1 bilhões.
Com isso o
saldo foi de emissão líquida de R$ 138,1 bilhões, o maior volume desde o início
da pandemia, em março de 2020.
Em relação ao perfil da dívida pública, houve
uma ligeira piora no prazo médio de vencimento dos títulos, com um encurtamento
de 3,78 anos em maio para 3,73 anos em junho.
Segundo o Tesouro, a piora teria sido
mais acentuada não fossem as novas emissões do mês, que tiveram prazo mais
longo.
Em junho, a participação de estrangeiros na dívida pública
brasileira registrou queda, indo de 9,9% para 9,7%.
No mês passado, a reserva de liquidez do Tesouro para fazer
frente aos próximos vencimentos e resgates de títulos ficou em R$ 1,167
trilhão, 12,6% maior do que o mês anterior.
Em relação a este mês, Lobarinhas afirmou que a volatilidade dos
mercados aumentou, especialmente por conta da disseminação da variante delta do
coronavírus no mundo, o que impacta negativamente as taxas de juros.
FOLHA DE SÃO PAULO