Bancos tentam alívio em alta de tributação prevista por relator da Previdência


Deputado propôs elevar contribuição sobre lucro líquido de 15% para 20%, mas agora se discute redução de alíquota em 0,5 ponto por ano. Interlocutores de instituições financeiras tentam reduzir o impacto do aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) para o setor.

A alta de tributação foi proposta pelo relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP). Ele quer usar os recursos para o reduzir o rombo com pagamento de aposentadorias e pensões.

A equipe econômica e Moreira têm se reunido com representantes do setor financeiro e deputados que articulam um alívio a esse segmento.

Uma das propostas apresentadas é para que a alíquota da CSLL suba dos atuais 15% para 20% assim que a reforma da Previdência for aprovada.

Mas, em vez de permanecer nesse patamar, a taxa cairia 0,5 ponto percentual por ano. Assim, seria de 19,5%, depois de 19% —até retornar aos 15% após dez anos.

Além disso, a taxa extra seria cobrada apenas para grandes instituições financeiras —aquelas com faturamento anual acima de R$ 1 bilhão.

O objetivo seria poupar cooperativas de crédito, fintechs e bancos menores.

A B3, Bolsa de São Paulo, também seria poupada da alta de tributação, uma vez que, hoje, paga 9% de CSLL —e não 15% como os bancos.

Segundo estimativas preliminares, esse alívio a instituições financeiras reduziria pela metade a expectativa de arrecadação com o aumento da CSLL para 20%, sem a redução gradual.



FOLHA DE SÃO PAULO
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