Entidades pedem apoio do governo à
Susep, órgão regulador do setor de seguros.
DIVERSAS
ENTIDADES PUBLICARAM CARTA ABERTA:
A importância do seguro para a
economia brasileira vai muito além do que se costuma imaginar.
Além dos
seguros-saúde e dos seguros de vida, os seguros de crédito ao consumidor,
automóvel e condomínio, alguns dos mais conhecidos do público em geral, a atividade
das seguradoras compreende uma gama extensa e variada de outros produtos.
Há, por exemplo, os seguros de
crédito doméstico, que dão cobertura para fornecedores de bens e mercadorias
contra o inadimplemento de seus compradores; os seguros de crédito à
exportação, para pequenos, médios e grandes exportadores brasileiros, de commodities e
produtos industriais, que conferem proteção contra a insolvência dos
compradores no exterior; os seguros-garantia, que visam a garantir, dentre
outros, o cumprimento de contratos de empreitada, protegendo os investidores
caso os imóveis não sejam construídos e entregues, e o Estado e particulares
nos seguros de contratos de grandes obras públicas e de infraestrutura (metro,
barragens, aeroportos etc.); os seguros de riscos de engenharia e os seguros
operacionais, garantindo a construção e a operação de grandes plantas
produtivas, e assim por diante.
Já os produtos de previdência
complementar aberta possibilitam a acumulação de recursos e a justa manutenção
do poder aquisitivo após a aposentadoria.
Contribuem não só para manter a
estabilidade financeira no futuro, mas também para o desenvolvimento social e
econômico do país.
Essa amostra já revela a
relevante função social e econômica do mercado supervisionado pela Susep de
proteger os patrimônios, as forças de produção e de trabalho, além de propiciar
avanço tecnológico, troca de informações entre mercados, a estruturação de
novas coberturas (cyber risks) etc.
A frequência e a intensidade dos acidentes
são cada vez maiores.
Pense-se, por exemplo, nos eventos climáticos que cada
vez mais vêm ocorrendo e danificando plantações e residências em diferentes
regiões do país, provocando crises de abastecimento, falta no fornecimento de
energia elétrica etc.
As entidades supervisionadas
pela Susep, hoje, devem ser estruturadas de maneira rigorosa para garantirem
todos esses e outros riscos e interesses.
Seguradoras e resseguradoras devem
manter cálculos estatísticos e atuariais atualizados, desenvolverem produtos
adequados para a sociedade, recolherem os prêmios, pagamentos e contribuições
necessários para o funcionamento solvente do sistema de seguro, previdência
complementar aberta e capitalização sem perder de perspectiva a importância de
abrangerem uma população cada vez maior de participantes destes mercados.
Devem
adotar providências técnicas e operacionais diversas a fim de operarem dentro
das margens de segurança exigidas, mobilizando capitais, constituindo
provisões, realizando investimentos da poupança popular recolhida e promovendo
a pulverização do risco, através do cosseguro, do resseguro e retrocessões.
Os corretores de seguro,
resseguro e capitalização, por sua vez, constituem imenso contingente de
profissionais responsáveis por grande parte da distribuição dos produtos do
mercado supervisionado.
As atividades exercidas pelas
companhias de seguro, resseguro, previdência complementar aberta e
capitalização, assim como corretores, estão sujeitas a profunda supervisão
governamental, normalmente a cargo de agências e autarquias
especializadas.
No Brasil, a SUSEP –
Superintendência de Seguros Privados, a responsável pela supervisão de todo
esse complexo sistema, há décadas vem carecendo de pessoal e de planos de
carreira adequados.
A competência da SUSEP é ampla: vai desde o processamento
dos pedidos de autorização de funcionamento das supervisionadas, até a
fiscalização do atendimento das exigências legais e regulamentares necessária
para dar solvabilidade às suas operações, passando pela reunião e avaliação
das informações do mercado e pela supervisão da atuação de todos os
agentes supervisionados, até a fiscalização, em todo o país, do cumprimento de
normas legais e regulamentares, inclusive de cunho contratual, e o
desenvolvimento regular de processos administrativos sancionadores em autuações
e reclamações.
Entretanto, com o incremento das
operações de seguro, resseguro, previdência complementar aberta e
capitalização, nos últimos anos, com o aumento do número de operadores no
setor, com a sofisticação da atividade e as dificuldades de mercado
enfrentadas, com o avanço social e econômico – a necessidade de pessoal da
Susep cresce a cada ano.
No entanto, o último concurso para a categoria
aconteceu há 14 anos, em 2010.
Atualmente, a Autarquia trabalha com menos de
40% da quantidade de servidores prevista como ideal na legislação, isso sem
contar a possibilidade de crescimento exponencial do número de supervisionados.
O pedido de concurso público ainda não foi atendido.
Os projetos de
desenvolvimento econômico e social que o país reclama e procura atender podem
colocar-se a perder, se a atuação da Susep não puder ser exercida em toda a sua
eficiência.
O preenchimento dos cargos
vacantes e dos novos cargos a serem criados a fim de se atender à demanda
crescente do mercado é impostergável e urgente, assim como a valorização dos
servidores da Susep.
Espera-se que isso se torne realidade o quanto antes, de
maneira que o excelente trabalho de revisão e renovação de atuação que vem
sendo desenvolvido na SUSEP, assim como de sistematização da regulamentação do
setor em consonância com o quadro legal e constitucional, dentre outras
diversas medidas em curso, possa ser concretizado e incrementado, tal como se
propõe.
Confederação Nacional das
Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e
Capitalização – CNSEG
Federação Nacional dos
Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de
Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros –
FENACOR
Federação das Indústrias do
Estado de São Paulo – FIESP
Instituto Brasileiro de Direito
do Seguro – IBDS
Comissão de Direito do Seguro e
Resseguro da OAB – SP
Secção Brasileira da Associação
Internacional de Direito do Seguro – AIDA
Escola Nacional de Seguros – ENS
Academia Nacional de Seguros e
Previdência – ANSP
Instituto Brasileiro de
Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, de Resseguros, de
Capitalização e de Previdência Complementar Aberta – IBRACOR
Fórum Mario Petrelli
SONHO SEGURO