As
ações da BRF fecharam o dia em alta de 11% após a empresa informar ao
mercado que sua controladora Marfrig e o fundo saudita Salic se comprometeram a
um aumento de capital de até R$ 4,5 bilhões na companhia.
- O preço
máximo para a emissão de ações é de R$ 9, o que embute um
prêmio de quase 24% ao preço de fechamento de terça (30).
- Nesta
quarta, os papéis encerraram a R$ 8,13.
O
que explica: o anúncio foi bem visto pelo mercado em um
momento de dificuldade da BRF por causa de seu alto endividamento.
Segundo cálculos do Bradesco BBI, o aporte de capital reduziria a relação entre
dívida líquida/Ebitda (indicador que mede o quanto a dívida é superior à
geração de caixa) dos atuais 3,3 para 2,4 vezes.
BRF: maior
processadora de carne de frango do Brasil, a dona das marcas
Sadia e Perdigão acumula queda de quase 46% na Bolsa em 12
meses.
- No fim de
fevereiro, ela comunicou ao mercado que contratou o Santander para
assessorar a venda da sua divisão de alimentos para pets.
Salic: fundo
soberano da Arábia Saudita, país que é um dos maiores importadores da carne de
frango brasileira.
- Já é o
maior acionista da Minerva, com 30% de participação na produtora de carne
bovina, e passará a ter 15,7% da BRF se a oferta for adiante.
Marfrig: controlada
pelo empresário Marcos Molina, a 2ª maior produtora de carne bovina do mundo
poderá ampliar para 38,3% sua participação atual na BRF, de 33%.
- Para
isso, uma assembleia de acionistas terá que aprovar a exclusão de uma
cláusula (chamada de "poison pill") que impede que um acionista
tenha mais que 33% dos papéis.
FOLHA DE SÃO PAULO