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Americanas disse nesta segunda que chegou a um acordo com parte de seus credores acerca
do plano de recuperação judicial da companhia.
- Quem
concordou: Bradesco, BTG Pactual, Itaú e Santander. Eles detêm cerca de
35% da dívida da varejista.
- Quem é
contra: o Safra é o único dos maiores credores que torce o nariz para o
acordo. Na sexta (24), pediu à Americanas acesso aos documentos que
embasaram os balanços de 2021 e 2022 e disse ter "profunda
desconfiança" na varejista.
- Quem
falta: BV (Banco Votorantim) e Banco do Brasil também já sinalizaram apoio
ao acordo e devem assiná-lo até a assembleia de credores.
-
A empresa precisa do apoio da maioria simples dos seus credores para aprovar o
plano de RJ em assembleia marcada para 19 de dezembro.
O que o plano prevê:
- Conversão
de até R$ 12 bilhões das dívidas bancárias em ações da companhia, o que
tornará os credores em acionistas relevantes da Americanas;
- Garantia
junto aos bancos de uma linha de fianças ou seguros-garantia de R$ 1,5
bilhão;
- R$ 2
bilhões para pagamento de credores financeiros via leilão reverso e R$ 6,7
bilhões para aqueles que optarem por receber antecipadamente, mas com
forte desconto.
Ao
final do processo, a Americanas sustenta que sua dívida bruta será de R$ 1,875
bilhão.
FOLHA DE SÃO PAULO