Perfuração de poços artesianos se multiplica em São
Paulo.
Número
de solicitações subiu de 126 em setembro de 2019 para 412 neste ano.
O Daee
(Departamento de Águas e Energia Elétrica), responsável por liberar a perfuração de poços artesianos no estado de São Paulo, recebeu 412 pedidos de
outorga em setembro, ante 255 em abril, quando o crescimento começou a acelerar
na esteira da crise hídrica.
Para fins de comparação, em setembro de 2020
foram 269 pedidos, e no ano anterior, 126.
No acumulado de janeiro a setembro deste ano já
foram 2.750 solicitações. Limeira, Campinas, São Paulo, São José do Rio Preto e Indaiatuba são as cinco
cidades com maior número de requerimentos, segundo o Daee.
O presidente
da Abas (Associação Brasileira de Águas Subterrâneas), José Paulo Martins
Netto, afirma que a demanda por poços artesianos já vinha subindo nos últimos anos,
mas se intensificou.
Ele diz que não é possível dimensionar o crescimento exato
porque muitos poços são perfurados de maneira irregular, sem autorização dos
órgãos competentes.
"Quando você faz uso irregular de recursos
hídricos, está ferindo legislações das três esferas, federal, estadual e
municipal, além de causar dano a quem está regular e não ter controle de
qualidade", diz.
FOLHA DE SÃO PAULO