Conta de luz deve subir com reajuste acima de 20%
na bandeira vermelha.
Por causa da seca,
governo conta com uso de usinas térmicas, que são mais caras.
O diretor-geral da
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, disse nesta
terça-feira (15) que a bandeira vermelha, a mais cara cobrada sobre a
conta de luz, deverá subir mais de 20%.
Em meio ao baixo nível dos reservatórios de água, usinas
térmicas são acionadas e isso afeta o consumidor por meio da bandeira tarifária
cobrada sobre a conta de luz.
Em junho, já está vigente a bandeira vermelha
nível 2, a mais cara, que cobra R$ 6,24 para cada 100 kWh (quilowatts-hora)
consumidos.
A agência discutia
elevar essa cobrança para R$ 7,57 a cada 100 kWh. “Mas, com certeza, deve
superar isso”, declarou Pepitone em audiência pública na comissão de Minas e
Energia da Câmara para discutir a crise hídrica.
Ele afirmou ainda
que a decisão deverá ser comunicada em junho. Pepitone ressaltou que o aumento
se deve ao pagamento do uso das usinas térmicas, cuja geração de energia é mais
cara.
O acionamento das usinas termelétricas deverá
gerar um custo adicional de R$ 8,99 bilhões neste ano. Desse total, R$ 4,3
bilhões já foram gastos até abril.
"Isso vai ter
um impacto na tarifa de 5%", disse Pepitone. Parte desse custo será
transferido para 2022, mas os consumidores livres já pagarão em 2021.
Durante o debate, o
diretor-geral do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Luiz Carlos
Ciocchi, disse que estão sendo adotadas medidas para que não haja risco de
racionamento de energia neste ano.
“Não teremos nenhum
problema de energia ou de potência ao final de novembro de 2021, quando começa
a estação chuvosa”, afirmou Ciocchi
FOLHA DE SÃO PAULO