CORONAVÍRUS

  • Presidente da Caixa anuncia redução de taxa de juros do cheque especial para 2,9% ao mês

Parcelamento da fatura do cartão também teve redução; medidas valem por 90 dias a partir de 1º de abril.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse nesta que quinta-feira (26) que o banco público reduziu a taxa de juro do cheque especial de 4,95% para 2,9% ao mês.O corte é de 41,4%. 

O anúncio foi feito por Guimarães ao participar da live semanal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)."Estamos analisando reduzir mais ainda", afirmou Guimarães.

O parcelamento da fatura do cartão de crédito que é, na média, 7,7% ao mês, passará a ser, a partir de 2,9%, uma redução de 62,3%.

Estas condições do cheque especial e do cartão de crédito serão válidas por 90 dias, a partir de 1º de abril, segundo comunicado da Caixa.

Na esteira de medidas para o combate ao coronavírus, a Caixa anunciou também aumento da pausa do pagamento nas operações de crédito de 60 para 90 dias para pessoa física e jurídica e crédito habitacional para pessoa física e jurídica.

 

O banco informou ainda que irá disponibilizar R$ 33 bilhões adicionais para reforçar a liquidez da economia, totalizando um incremento extra de R$ 111 bilhões em decorrência dos impactos do coronavírus.

Os outros R$ 78 bilhões já haviam sido anunciados na semana passada.

Estes novos recursos serão disponibilizados para capital de giro, compra de carteiras, crédito para Santas Casas, além do crédito agrícola.


  • Projetos aprovados

Senado aprova dois novos projetos para enfrentamento da crise da COVID-19

O Senado aprovou ontem duas matérias relacionadas às medidas de enfrentamento à crise da COVID-19, além da Mensagem 05/2020 que autoriza contratação de crédito externo para parceria entre o estado de Alagoas e a Corporação Andina de Fomento. Confira os projetos aprovados:

 

- PLP 232/2019, que dispõe sobre a transposição e a transferência de saldos financeiros constantes dos Fundos de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, provenientes de repasses federais.

 De autoria da deputada Carmem Zanotto (CIDADANIA/SC) e relatado pelo senador Izalci (PSDB/DF), a matéria foi aprovada com duas emendas. 

Em função dessa alteração no texto, o projeto retorna para análise da Câmara dos Deputados antes de seguir para sanção ou veto presidencial. 

As emendas aprovadas, de autoria do líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB/PB), foram no sentido de direcionar a validade da proposição para o período da crise do coronavirus.

 

- PL 668/2020, de autoria do deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP/RJ), dispõe sobre a proibição de exportações de produtos médicos, hospitalares e de higiene essenciais ao combate à epidemia do coronavírus no Brasil. 

A matéria foi aprovada na forma do substitutivo apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama (CIDADANIA/MA), e não sofreu alterações.

Foi cancelada a sessão deliberativa remota prevista para esta quinta-feira (26), com o objetivo de discutir o PLP 46/2020 - que dispõe sobre a antecipação do repasse de 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), nos termos da alínea "e" do inciso I do art. 159 da Constituição Federal, no exercício de 2020.

As próximas pautas deliberativas das comissões e plenário serão definidas pelo Colégio de Líderes a partir de uma lista com as propostas apresentadas e relacionadas ao enfrentamento do coronavírus. 

O presidente em exercício, senador Antônio Anastasia (PSD/MG), encaminhou uma relação com 54 proposições para que os senadores apontem as prioridades.

 

  • Restaurantes enviam carta a bancos pedindo ajuda 'sem mesquinhez' em crise de coronavírus

Com determinação de isolamento, setor já registra demissões e suspensões de contratos.

 

Seis entidades e movimentos ligados à gastronomia enviaram uma carta a instituições bancárias nesta quinta-feira (26) solicitando um pacote de ajuda econômica para enfrentar a crise do novo coronavírus

Os representantes pedem que os bancos entrem na "corrente" para o enfrentamento "sem mesquinhez".

Os estabelecimentos comerciais não essenciais fecharam as portas nos últimos dias para cumprir determinações estaduais de isolamento social. 

Muitos restaurantes em São Paulo, onde a quarentena é origatória, já suspenderam contratos, demitiram e deram férias a funcionários.

O setor de bares e restaurantes, que é representado nacionalmente pela Abrasel, pleiteia crédito para capital de giro, 12 meses de carência para o primeiro pagamento, taxas de juros próximas à Selic, prazo acima de 48 meses pagamentos e prorrogação ou renegociação das operações de crédito já contratadas com juros iguais ou menores dos praticados em uma carência de 12 meses.

A solicitação é para que os empréstimos aconteçam com fundo garantidor do governo "e não com garantias do empresário de bares e restaurantes" e sem certidões negativas de débito.

A carta fala de desespero, de "falta de oxigênio" e pede uma "resposta imediata a todas as pessoas físicas e jurídicas, incluindo governos, que ajudaram os bancos a terem lucros vultosos, em um país com diferenças abissais".

"Seis milhões de pessoas estão prestes a sumir dos vossos extratos bancários em muito pouco tempo. 

Seis milhões de pessoas em todo o Brasil que trabalhavam até dez dias nos restaurantes e bares preferidos de sua família, dos seus funcionários, dos seus fornecedores. E o risco é que estes lugares deixem de existir", diz o documento.



FOLHA DE SÃO PAULO
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