Os membros do Comitê Federal de Mercado
Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central
americano) decidiram, por unanimidade, manter a taxa dos Fed funds inalterada
na faixa entre 2,00% e 2,25% nesta quinta-feira. A manutenção dos juros era largamente
esperada por analistas e pelo mercado financeiro.
Ao justificar a decisão, o Fed afirmou, em
comunicado, que as informações recebidas desde a reunião do início de agosto
indicam que o mercado de trabalho dos EUA continuou a ganhar fôlego e que a
atividade americana apresenta expansão a um ritmo “forte”. Além disso, o banco
central notou que a taxa de desemprego caiu, efetuando uma leve alteração ao
relação ao comunicado anterior, quando o Fed havia apontado que a taxa de
desemprego continuava em ritmos baixos.
No início deste mês, o relatório de empregos
do país mostrou que o salário médio por hora do trabalhador americano avançou
3,1% na comparação anual de outubro, no ritmo mais acelerado no atual ciclo de
expansão econômica, enquanto a taxa de desemprego está em 3,7%, no menor nível
em 49 anos. Em seu comunicado, a autoridade monetária dos EUA apontou que os
ganhos de emprego têm sido fortes, em média, nos meses recentes. Além disso, o
Fed afirmou que os gastos das famílias continuaram em níveis fortes, enquanto o
crescimento dos investimentos fixos das empresas apresentou moderação em
relação ao ritmo acelerado visto no início do ano.
Quanto à inflação, o banco central pontuou
que tanto o índice global de preços ao consumidor quanto o núcleo do indicador,
que exclui itens como alimentos e energia, permanecem próximos da meta de 2%
estabelecida pelo próprio Fed. O indicador de inflação acompanhado de perto
pela autoridade monetária americana, o núcleo do índice de preços de gastos com
consumo (PCE, na sigla em inglês) atingiu 2,0% na comparação anual de setembro,
indo ao encontro da meta do banco central.
Ainda no documento, o Federal Reserve
reiterou que espera aumentar as taxas de juros de maneira gradual, o que seria
“consistente com a expansão sustentada da atividade econômica, condições fortes
do mercado de trabalho e inflação próxima da meta de 2%”
DINHEIRAMA