Aposentados dos últimos dez anos com
contribuições altas antes de 1994 podem pedir a correção.
Aposentados e pensionistas que estão
conseguindo a revisão da vida toda na Justiça têm garantido
uma bolada em atrasados. A reportagem encontrou processos com valores calculados
entre R$ 50 mil e R$ 200 mil.
Os casos foram destravados nos
tribunais após a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça),
em dezembro do ano passado
A ação judicial que permite o recálculo do benefício considerando todas as
contribuições feitas pelo trabalhador pode ser solicitada por quem contribuiu
sobre salários relativamente altos antes de julho de 1994.
Em São Paulo, um aposentado, de 60
anos, pediu para que fossem incluídos seus vínculos trabalhistas desde janeiro
de 1982.
Na decisão publicada nesta
segunda-feira (20), a Turma Recursal, corrigiu o benefício de R$ 3.279,29 para
R$ 3.888,01. O aposentado ainda vai receber cerca de R$ 54,4 mil em atrasados.
Supremo
A revisão da vida toda ainda pode ser
contestada no Supremo Tribunal Federal e travar os processos. Para o advogado
Murilo Aith, não há, no entanto, uma questão constitucional a ser discutida
para que a decisão do STJ seja derrubada.
"O que ficou decidido pelo STJ é
que a regra permanente de cálculo, se mais vantajosa do que a de transição
trazida pela lei que instituiu o fator previdenciário, deve prevalecer",
diz.
O que é a revisão
da vida toda
- Segurados que tinham altas
contribuições antes da implantação do Plano Real, em julho de 1994, podem
se dar bem com a revisão da vida inteira
- A correção foi aprovada pelo
STJ (Superior Tribunal de Justiça)
Para quem vale a pena
- Em geral, essa revisão vale a
pena para quem tinha carteira assinada e contribuía com valores altos à
Previdência em outras moedas
- Na Justiça, esses
aposentados podem pedir a revisão do seu PBC (Período Básico de Cálculo),
para incluir os salários recebidos antes da criação do real no cálculo da
aposentadoria
- Essa regra foi criada pela
lei 9.876/99, após a reforma previdenciária realizada no governo Fernando
Henrique Cardoso
AGORA