A
inflação no país acelerou para 0,23% em agosto,
para um índice acumulado de 4,61% nos últimos 12 meses,
apontam dados do IBGE divulgados nesta terça.
- A alta
veio abaixo do que esperava o mercado, cuja mediana das expectativas era
de avanço de 0,28% para o mês.
O
que explica:
- A alta
foi puxada pela energia elétrica, que subiu 4,59% no mês passado,
impactada pelo fim de um bônus de Itaipu creditado em julho e reajustes de
tarifas.
- O que
segurou o avanço do índice foi a alimentação no domicílio, que
recuou 1,26% em agosto e registrou deflação de 0,62% em 12 meses. A
explicação está na supersafra agrícola deste ano.
- Os
analistas destacaram os resultados dos núcleos de inflação (que excluem da
conta itens voláteis como energia e alimentos), que vieram abaixo das
projeções.
O
que esperar para a frente: os agentes do mercado
avaliam que o resultado não deve influenciar em cortes de juros mais agressivos
do que os antecipados pelo BC até o fim do ano.
- Neste
segundo semestre, as projeções ainda indicam inflação próxima de 5%, acima
do teto da meta (4,75%).
FOLHA DE SÃO PAULO