- Força
Sindical lança formulário online para agilizar acordo individual entre
empresa e funcionário.
Sistema será usado pelos metalúrgicos
de São Paulo e Mogi das Cruzes (SP).
Na contramão das outras centrais sindicais, que se opõem a acordos individuais entre empresas e
funcionários para reduzir jornada e salário na pandemia, a Força Sindical lançou
nesta segunda (13) um formulário online para agilizar as negociações.
O sistema
será usado pelos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (SP).
Para Juruna, secretário-geral da Força, a
medida também pode favorecer negociações com pequenas empresas. Ele diz que não
há intenção de dificultar acordos.
- Um
milhão de trabalhadores já tiveram salário e jornada reduzidos após MP
Medida do governo permitiu acordos em
contratos de trabalho durante crise de coronavírus.
O governo anunciou nesta segunda-feira (13) que
mais de um milhão de trabalhadores tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos suspensos após
a edição de MP (Medida Provisória) que
autoriza a celebração de acordos entre patrões e trabalhadores durante a
pandemia do novo coronavírus.
Segundo
o IBGE, o Brasil tinha 33,624 milhões de trabalhadores com carteira assinada no
setor privado no trimestre encerrado em fevereiro.
A informação é do secretário especial de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, Bruno Bianco.
O dado inclui acordos individuais e
também acordos coletivos de categorias feitos com intermediação de sindicatos.
Por
acordo individual, o empregador pode fazer cortes de jornadas e salários em
25%, 50% ou 70% por até três meses, a depender da faixa de renda do
trabalhador.
Nos acordos coletivos, é permitida redução em qualquer percentual.
O governo pagará a esses trabalhadores uma proporção do valor do
seguro-desemprego equivalente ao percentual do corte de salário.
A compensação
será de 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, que varia de R$ 1.045 a R$
1.813,03.
A suspensão de contratos, por sua vez, pode ser feita por até
dois meses. Nesse caso, o empregado recebe valor integral do
seguro-desemprego.
O secretário disse que os dados serão atualizados
periodicamente. Um site do governo trará uma espécie de
"empregômetro", quantificando o número de acordos firmados.
FOLHA DE SÃO PAULO