COMPORTAMENTO DOS PRINCIPAIS MERCADOS


No Brasil, o destaque da atividade econômica foi o PIB do segundo trimestre de 2025, que cresceu 0,4% em relação ao trimestre anterior, superando tanto a projeção de mercado (0,3%) quanto a da SulAmérica Investimentos (0,2%).

A principal conclusão do dado é a resiliência da economia, embora a narrativa de desaceleração gradual siga válida.

Quanto à inflação, o IPCA subiu 0,26% em julho, enquanto o IPCA-15 de agosto registrou queda de -0,14%.

No entanto, qualitativamente, o quadro foi menos favorável, com serviços reacelerando e a percepção de um mercado de trabalho resiliente mantendo pressão sobre esse componente ao longo do ano.

Revisamos, por ora, nossa projeção para o IPCA de 2025 para 4,9%, refletindo a deflação significativa no atacado, que tem impactado os preços de alimentos, sobretudo os in natura.

No campo fiscal, o destaque foi a apresentação da proposta orçamentária para 2026, em consonância com a meta de superávit primário estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Nos Estados Unidos, o PIB anualizado do segundo trimestre cresceu 3,3%, acima da expectativa de 3,1%, configurando surpresa positiva nos dados de atividade e motivando revisões altistas para o crescimento.

Em relação à inflação, o CPI avançou 0,2%, enquanto o núcleo subiu 0,3%, ambos em linha com as expectativas.

O mesmo movimento foi observado no PCE, que registrou alta de 0,2%. Na avaliação da SulAmérica Investimentos, a inflação ainda deve sentir os efeitos das tarifas, embora sem data definida.

No mercado de trabalho, a abertura de vagas do JOLTS ficou abaixo do esperado em julho, passando de 7.357 mil para 7.181 mil, frente às expectativas de 7.382 mil. 

Os dados reforçam sinais de moderação no mercado de trabalho, com criação de vagas inferior ao projetado e revisão baixista do número de junho.

No campo monetário, diversos membros do FOMC, incluindo o presidente Jerome Powell, discursaram indicando alta probabilidade de cortes de juros na reunião de setembro, diante da preocupação com o mercado de trabalho. 

Outro destaque foi o imbróglio envolvendo a diretora Lisa Cook, acusada de fraude hipotecária

Na Zona do Euro, a prévia do PIB do segundo trimestre avançou 0,1% T/T, em linha com as expectativas.

Nos dados mensais, a produção industrial caiu -1,3% M/M, enquanto as vendas no varejo cresceram 0,3%, ambos abaixo das projeções.

Em nossa visão, a atividade econômica deve permanecer mais fraca no curto prazo. 

Quanto à inflação, o CPI de julho ficou em linha com a prévia, indicando estabilidade no mês (0,0% M/M).

No campo monetário, acreditamos que o BCE deve manter a taxa de juros estável na reunião de setembro, com cortes apenas em dezembro

Na China, os dados de atividade em agosto vieram, em sua maioria, piores, sinalizando desaceleração da economia.

A produção industrial cresceu 5,7% A/A, enquanto as vendas no varejo avançaram 3,7% A/A, ambos abaixo das projeções.

Por outro lado, os PMIs ligados a serviços seguem em nível de expansão, surpreendendo positivamente as expectativas.

Com os resultados recentes, aumentam as chances de estímulos de investimento por parte do governo chinês para sustentar a meta de crescimento anual.

No âmbito das tarifas, as negociações comerciais com os Estados Unidos permanecem estagnadas, e ambos os países parecem confortáveis com o status atual. 

No campo inflacionário, o CPI ficou estável em 0% A/A, enquanto o PPI recuou -3,6% A/A.



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