Poupança
tem captação líquida de R$ 20,5 bilhões em junho.
Caderneta bateu recorde na diferença
entre depósitos e saques nos meses de abril e maio.
Os depósitos em cadernetas de poupança superaram em
R$ 20,5 bilhões os saques em junho.
Os dados foram divulgados nesta
segunda-feira (6) pelo Banco Central.
A poupança teve captação líquida recorde por dois
meses seguidos (abril e maio) e registrou valor menor em junho, mas
com patamar ainda acima dos outros meses da série histórica, iniciada em
janeiro de 1995.
O saldo total aplicado na modalidade é de R$ 943
bilhões, o maior da série.
Os brasileiros depositaram R$ 260 bilhões na
poupança, também o maior valor da série.
Os saques, no entanto, foram maiores
em junho, com R$ 240 bilhões, maior volume para o mês.
O auxílio emergencial do governo pode
explicar o movimento de alta nos depósitos.
Grande parte do socorro oferecido
em razão da pandemia do novo coronavírus é pago por meio de conta-poupança.
Por outro lado, com a flexibilização do isolamento
social em algumas cidades e a reabertura dos comércios, as pessoas voltaram a consumir, e, por
isso, sacaram recursos da poupança.
Em maio, a caderneta teve ganho real (acima da
inflação), de acordo com dados do Banco Central e do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
No mês, a poupança rendeu 0,21% e houve deflação
(inflação negativa) de 0,38%, com 0,59 ponto percentual de ganho real.
O investimento rende a Taxa Referencial (TR), hoje
zerada, mais 70% da Selic, que está em 2,25% ao ano.
A regra prevê que, quando a taxa básica de juros estiver
acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será 0,50% ao mês, mais TR.
Caso
a taxa Selic esteja menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é remunerado a
70% da Selic, acrescida da TR.
FOLHA DE SÃO PAULO