Alta da Selic traz de volta a TR.
Taxa
Referencial estava zerada desde 2017 e vai subir com aumento dos juros básicos.
O aumento da taxa básica de juros da economia, a
Selic, traz de volta a elevação da TR (Taxa Referencial), que é usada na
correção da caderneta de poupança, do dinheiro do
trabalhador no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e
de contratos de financiamento da casa própria.
Nesta quarta-feira (8), o Copom (Comitê de Política
Monetária), do Banco Central, elevou a Selic para 9,25% ao ano.
Segundo
economistas, quando a taxa Selic passa de 8,5%, há impacto direto na TR, que
estava zerada e volta a subir.
A alta da TR aumenta o valor que o poupador vai
receber pelo dinheiro aplicado, mas também encarece a parcela do financiamento
imobiliário de quem tem contrato atrelado à taxa.
A TR passará a subir a partir desta quinta-feira
(9), já que ela também está atrelada à taxa Selic.
Desde setembro de 2017,
quando os juros básicos do país começaram a cair, a Taxa Referencial está
zerada
A nova TR, no entanto, só será conhecida após
cálculo do Banco Central.
Não se pode saber o rendimento exato da caderneta
sem a nova TR, que só é calculada e divulgada pelo Banco Central.
Com a mudança, os depósitos na poupança, tanto na
caderneta anterior a 4 de maio de 2012, quanto nos valores aplicados a partir
de 4 de maio de 2012, passam a ter rendimento igual, de 0,5% ao mês mais TR.
Até então, pela regra, que passou a valer no
governo de Dilma Rousseff (PT), quando a Selic é de até 8,5%, a poupança rende
o equivalente a 70% da taxa básica mais a TR (que, no entanto, fica zerada
quando a Selic está baixa).
O valor do FGTS também muda porque a rentabilidade
do Fundo de Garantia é calculada em 3% ao ano mais a TR. Como a taxa agora
passará a ser superior a zero, o rendimento do fundo irá aumentar.
A tendência é também aumentar o lucro do fundo, que
vem sendo dividido com os trabalhadores.
FOLHA DE SÃO PAULO