Sul e Sudeste
concentram aposentadorias precoces no setor privado
Uma idade mínima para
aposentadorias, conforme vem sendo estudado pelo governo de Jair
Bolsonaro, afetará em maior grau estados mais desenvolvidos, segundo dados do
INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Informações do
governo atualizadas até o fim de 2017, a que Folha teve acesso, mostram
que em São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais
homens e mulheres se aposentam mais cedo que a média nacional pelo sistema de
tempo de contribuição —principal alvo da reforma.
Em sua estratégia
para convencer a população e o Congresso Nacional sobre a necessidade de mudar
as regras da Previdência, a equipe de Bolsonaro planeja usar o discurso de que
a reforma vai combater a desigualdade regional.
A proposta deverá
ser enviada aos
deputados e senadores na primeira
quinzena de fevereiro.
Pelo INSS, há duas
formas de aposentadoria. Uma é por idade, que exige 65 anos, no caso de homens,
e 60 anos para mulheres, além de pelo menos 15 anos de contribuições. Quando o
trabalhador é do setor rural, essas faixas etárias caem cinco anos.
A reforma da
Previdência buscará atacar essencialmente o segundo modelo de aposentadoria: o
por tempo de contribuição, no qual, após 35 anos de trabalho formal para homens
e 30 para mulheres, é possível adquirir o benefício. Hoje, não há idade mínima
FOLHA DE SÃO PAULO