Caixa Seguridade estreia na Bolsa nesta quinta.
A Caixa Seguridade, braço de seguros
da Caixa Econômica Federal, estreia nesta
quinta-feira (29) na Bolsa de Valores brasileira, a R$ 9,67 por ação, em
uma abertura de capital voltada ao investidor
pessoa física.
Foram reservadas
50% das ações para o varejo, sendo até 10% para empregados da Caixa, e 5% ao
private (alta renda).
O restante ficou com investidores institucionais (fundos,
grandes investidores bancos e estrangeiros).
Segundo envolvidos
na oferta, o IPO (oferta inicial de ações,
na sigla em inglês) teve uma demanda de pequenos investidores três vezes a
maior que a oferta. Institucionais teriam superado os papéis disponíveis em
duas vezes.
Foram vendidas
517,5 milhões de ações, o máximo disponibilzado, levantando R$ 5,004 bilhões,
abaixo dos R$ 5,219 bilhões movimentados pelo IPO da CSN Mineração, o maior do
ano.
A oferta foi
precificada perto do preço mínimo estabelecido, de R$ 9,33 por papel.
A
estimativa máxima era de R$ 12,67 por ação –neste caso, o IPO poderia
movimentar cerca de R$ 6,5 bilhões.
Originalmente, a
Caixa estimava levantar R$ 10 bilhões com o IPO, que tentou lançar por duas
vezes em 2020, desistindo por turbulências no mercado financeiro.
O mesmo aconteceu há mais de três anos, quando a estatal também desistiu da
listagem da Caixa Seguridade alegando condições adversas de mercado.
A Caixa Seguridade
será listada sob o código "CXSE3" no segmento de Novo Mercado, o de
mais alto padrão de governança corporativa da B3, a Bolsa brasileira.
Com o IPO, a Caixa
vai reduzir em cerca de 17% a sua participação na unidade de seguros.
A estatal
já prepara as próximas aberturas de capital, como a unidade de cartões e a
Lotéricas.
Parte dos recursos
será destinada à União para o pagamento de ICHD (Instrumentos Híbridos de
Capital e Dívida), adotado entre 2007 e 2013 para permitir que o banco
aumentasse sua oferta de crédito sem que o seu controlador (a União) tivesse
que capitalizá-lo com recursos próprios.
FOLHA DE SÃO PAULO