PIX


Banco Central mira mudanças no Pix para evitar fraudes e conta laranja.

Apenas 5% dos valores desviados por fraudes ou golpes são recuperados atualmente.

Quase um ano após ser criado pelo Banco Central, o mecanismo especial de devolução do Pix —que tem como objetivo reaver valores desviados por fraude ou golpe— só recupera 5% dos recursos. 

Para aumentar sua eficiência, mudanças estão sendo estudadas no sistema.

No golpe do Pix, os infratores pulverizam o dinheiro das vítimas rapidamente em diferentes contas, dificultando o bloqueio e a recuperação dos recursos. 

O BC pretende criar medidas para aperfeiçoar o rastreio das operações e, assim, coibir fraudes e uso de contas laranjas –abertas por criminosos em nome de outras pessoas.

O sistema permite hoje que o banco estorne valores para a conta do pagador em casos de fraude ou falha operacional. 

O retorno de recursos pode ser solicitado tanto pelas instituições envolvidas quanto pela pessoa que fez o Pix. Em caso de golpe, é preciso registrar um boletim de ocorrência.

As alterações para aperfeiçoar o sistema de pagamentos instantâneos foram apresentadas no Fórum Pix, que reuniu no dia 22 de setembro um grupo de trabalho coordenado pelo BC e secretariado pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

A autoridade monetária resolveu acatar algumas das sugestões feitas no encontro por membros do mercado financeiro.

Entre as regras sugeridas, os participantes propõem uma limitação de até 30 minutos após o recebimento da transação para a abertura automática da ramificação –tempo que pode ser adequado conforme estudos posteriores do comportamento dos fraudadores.

Dada a complexidade do novo modelo operacional da ferramenta, a mudança requer tempo. 

Após a publicação das documentações técnicas, o grupo estima oito meses para seu desenvolvimento, dois meses para homologação em ambiente controlado com simulações reais e mais dois meses de operação controlada.



FOLHA DE SÃO PAULO
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