A informação
interessa a quem defende o fomento da poupança previdenciária por acreditar que
ela pode não só proteger um maior contingente de trabalhadores como bancar o
crescimento sustentável da economia brasileira. Com o ambiente econômico
claudicando, a expansão dos investimentos poderá ser a chave para o Brasil
voltar a crescer de fato nos próximos anos. Esse deverá ser um dos principais
fios condutores da 30ª edição do Fórum Nacional, que será realizado nesta
semana no BNDES, no Rio.
Para o economista
Raul Velloso, a recuperação da economia ainda “engatinha” porque os investimentos,
desencorajados pelo desequilíbrio fiscal e o quadro político, não voltam de
fato.
Por isso o fórum
buscará debater estruturalmente a questão das contas públicas, a partir do
déficit dos regimes próprios, que atinge R$ 300 bilhões se somados União e
Estados. No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, as despesas fixas e a
previdência ocupam 102% do orçamento, sem deixar nada para investir.
Por isso Velloso
defende a criação de fundos para administrar os recursos voltados para esses
regimes próprios. Com déficits atuariais projetados para vários anos à frente,
esses fundos receberiam ativos (como imóveis) e contribuições adicionais para
fazer frente à sua missão.
VALOR ECONÔMICO