Brasil reforça maior juro real do mundo com alta da
Selic.
Expectativa de
estabilidade da taxa e inflação caindo podem atrair investidores.
A alta da taxa básica de juros nesta quarta-feira (3) reforçou
a posição do Brasil como líder do ranking mundial de juros reais, posição que
ocupa desde a reunião de maio do comitê monetário do Banco Central, segundo
levantamento do portal MoneYou e da gestora Infinity Asset Management.
Para chegar ao juro
real —taxa nominal descontada a inflação—, o estudo considerou projeção de alta
dos preços ao consumidor para os próximos 12 meses, assim como as taxas
negociadas no mercado de juros com vencimento também em 12 meses.
Esse cálculo
apontou que os juros efetivos brasileiros estão em 8,52%, mais do que o dobro
do segundo colocado, o México, cuja taxa é de 4,2%.
Referência para o
rendimento de títulos de renda fixa, os Estados Unidos aparecem na 25ª posição
com um retorno negativo de 3,25% ao ano. O ranking tem 40 países.
Considerando as
taxas nominais, o Brasil possui a a terceira maior, de 13,75% ao ano, atrás da
Turquia (14%) e da Argentina.
O relatório também
destaca a tendência mundial de aumento dos juros, uma necessidade observada por
muitos bancos centrais diante da disparada da inflação global neste ano.
Entre os 40 países
que fazem parte do ranking, 33 deles (82,5%) elevaram suas taxas e apenas 1
(2,5%) cortou. Seis (15%) não fizeram alterações.
FOLHA DE SÃO PAULO